Emanuel Casimiro
Fisioterapeuta
actifisiopt@gmail.com
Pode acontecer em qualquer parte do corpo, mas geralmente é no ombro, no cotovelo, no punho, no joelho ou no tornozelo. Mas a famosa tendinite, a inflamação do tendão que se caracteriza pela presença de dor e inchaço, agora chama-se tendinopatia, e também se ouve o termo tendinose com alguma frequência, que é uma fase da tendinopatia em que existe uma degeneração dos tecidos do tendão. De qualquer forma, acontece quando o tendão é inadequadamente sobrecarregado ou quando o nível de actividade de uma pessoa se reduz substancialmente.
Sendo estruturas do corpo que servem para transmitir as forças geradas pelos músculos aos ossos, ou seja, que tornam possível o movimento, os tendões estão preparados para acumular uma grande quantidade de carga e libertarem-na, agindo como uma mola que foi comprimida e depois libertada, alongando o tendão e gerando movimento. Mas é possível e comum exagerar, e as tendinopatias podem surgir de forma lenta, com uma dor que se vai instalando, especialmente depois de um conjunto específico de movimentos. Ou então pode surgir repentinamente, depois de um movimento único, e nessas situações convém também despistar uma possível ruptura do tendão.
Os sintomas da tendinopatia são dor a falta de força, por vezes edema e calor na zona afectada. É uma lesão normalmente de índole mecânica e a investigação mais recente diz que o principal objectivo deve ser o de aumentar a capacidade do tendão de tolerar carga, por isso os tratamentos devem ser mais associados a técnicas activas, com exercício, e menos a técnicas passivas como massagens, electroterapia ou alongamentos. Ensinar os utentes também é muito importante, porque quando perceberem qual é o gesto específico que está a provocar a sobrecarga mecânica do tendão, vai dar para aumentar a funcionalidade e eliminar, dentro do possível, a origem do problema. Só eliminando a causa se pode eliminar a tendinopatia e deixar o tendão seguir o seu curso de forma saudável!
Já sabem, o ideal é que encontrem o vosso nível óptimo de movimento, exercício ou atividade laboral para evitar este ou outros problemas, e claro, quando o mau estar se mantiver por mais de uma semana convém mesmo procurarem ajuda especializada.
Na dúvida, procurem um fisioterapeuta!