Contribuir small-arrow
Voltar à home

QUESTÕES COIMBRÃS | Como voltar a atrair o turismo ao concelho de Coimbra e apoiar o sector?

O que é que perguntaríamos aos políticos da cidade se pudessemos? E o que é que cada um deles responderia? Estas perguntas foram o ponto de partida para a criação desta nova rubrica da Coolectiva e não precisámos de pensar muito no nome. Fomos buscá-lo à Questão Coimbrã, célebre polémica literária que marcou a visão da literatura […]

Partilha

O que é que perguntaríamos aos políticos da cidade se pudessemos? E o que é que cada um deles responderia? Estas perguntas foram o ponto de partida para a criação desta nova rubrica da Coolectiva e não precisámos de pensar muito no nome. Fomos buscá-lo à Questão Coimbrã, célebre polémica literária que marcou a visão da literatura em Portugal na segunda metade do século XIX. 

É importante entender o sítio onde se vive que, como todos, tem as suas idiossincrasias. Há sempre tanto coisas a resolver como coisas a aplaudir. Nesta rubrica, atiramos perguntas sobre diversos temas de relevância municipal a pessoas de diferentes quadrantes políticos para lançar o debate democrático e plural. 

À primeira questão deste mês de Março, responderam Carlos Cidade (PS), Carlos Lopes (PSD), Filipe Reis (PAN), Francisco Queirós (CDU), Jorge Almeida (CDS) e Jorge Gouveia Monteiro (Cidadãos por Coimbra). 

Durante os próximos meses, contamos continuar a tratar aqui assuntos de interesse público e contribuir para um esclarecimento generalizado da população relativamente às posições e propostas políticas dos nossos inquiridos, nos mais variados campos. A qualquer momento, aqueles inseridos num partido ou movimento político têm a liberdade de designar outra personalidade do mesmo para responder. O conjunto de respostas a cada questão é publicado quinzenalmente aqui, na Coolectiva

Como voltar a atrair o turismo ao concelho de Coimbra e apoiar o sector?

Carlos Cidade

Licenciado em Direito, exerce no Núcleo de Apoio Jurídico da Águas do Centro Litoral, SA (Grupo Águas de Portugal). Foi dirigente sindical, adjunto e chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra e vereador. É vice-presidente da CM Coimbra e membro da Comissão Nacional do PS.

O turismo é um dos setores mais afetados por esta pandemia e é também um dos esteios da forte recuperação económica, que a cidade e o país vinha a assistir desde 2017, sob a liderança autárquica e nacional do Partido Socialista. Este panorama lança uma dupla preocupação, primeiro porque os impactos pré e pós pandémicos têm especial particularidade na vertente da mobilidade das pessoas, o que afeta em muito estes setores e, em segundo lugar, a falta de previsibilidade da saída deste contexto gera uma indefinição estratégica, de investimento e gestão orçamental destas empresas, projetos e instituições.

Por estas razões é bastante complicado fazer prever medidas que reforcem o setor do turismo, pelo que, como nas outras áreas temos nos concentrado em ajudar no que podemos em termos de manutenção e continuidade dos investimentos hoteleiros em Coimbra. Desde 2017, há dois novos hotéis em funcionamento, três com as obras finalizadas, e mais oito com processos em andamento na Câmara Municipal de Coimbra e temos feito tudo para que estes se mantenham e continuem para servir uma Coimbra pós-pandemia.

Na Cultura e Desporto, temos nos concentrado em manter os apoios às instituições para que possam, assim que possível, retomar as suas programações culturais e desportivas naturais e ao mesmo tempo manter os grandes eventos nacionais e internacionais desportivos, que possam a breve trecho atrair públicos específicos, como tem sido nosso apanágio e que reforça em muito o apoio ao turismo, hotelaria e restauração. No entanto, temos feito um investimento adicional na manutenção dos projetos como a Região Europeia da Gastronomia e os Caminhos da Região de Coimbra, que se prolongarão para além de 2021 com programação dedicada e que são não só promotores dos produtos e tradições, como grandes mobilizadores de programação turística que promove a autenticidade e experiências que são, nos nossos dias, o grande dínamo de atração de turistas.

Por fim, é para nós fundamental reforçar a marca de Coimbra, como roteiro turístico ímpar, com uma identidade particular inigualável e capaz de surpreender entre o turismo de monumentos, ar livre, cultural, desportivo ou gastronómico. Esse reforço está patente no capacete do Filipe Albuquerque, quando ganha Le Mans e Daytona, ou na saída dos carros do Rally de Portugal no largo de Dom Dinis. Coimbra está a preparar-se para, em 2027, ser Capital Europeia da Cultura e é uma urbe de referência multisetorial no Turismo nacional e internacional, e esse trabalho que estamos a desenvolver será o maior apoio que poderemos dar, a todos os atores de turismo em Coimbra.

Francisco Queirós

Tem 56 anos e é natural de Coimbra. Professor de História do Ensino Secundário, é vereador da CM Coimbra. Exerceu diversos cargos de gestão escolar, foi delegado sindical, dirigente sindical e associativo. Militante do PCP, é membro do Comité Central do PCP e tem vasta colaboração em órgãos de comunicação social.

O turismo tem um peso significativo na economia do país, também da região centro e do próprio concelho de Coimbra. A Universidade, património da Humanidade, capta grande parte da atração de quem visita Coimbra. E bem. Mas quantas vezes por algumas horas apenas. Há muito que se procura despertar o turista para outras ofertas e para uma estada mais prolongada na cidade. Coimbra, para se promover, precisa de promover o vasto conjunto do seu património material e imaterial da cidade e da região. Uma visão integrada da cultura da cidade e da região pode e deve servir a carta de oferta a quem visita. Quem visita a Biblioteca Joanina pode e deve visitar o Museu Machado de Castro, conhecer a gastronomia da região, ouvir fado/canção de Coimbra e assistir a espectáculos de teatro, música ou outros no Convento de São Francisco, nos diversos equipamentos da cidade, produzidos pelos vários agentes culturais de Coimbra e da
região.

Há que apostar neste turismo sustentado no descobrir da nossa cultura. Ora, para tanto, necessita, antes de mais, o Estado e os municípios de a apoiar e promover. À procura da cultura, o visitante não é tanto o turista do “toca e foge”, que olha e anda, adquire algum “artesanato” massificado, tira umas fotos, bebe um café e parte. A descoberta de tradições e costumes, da história e do património em toda a sua dimensão traduz-se num enamoramento que fará voltar mais tarde e que contamina outros. É essa descoberta que também tantas vezes está na origem do gosto por produtos da nossa gastronomia e na procura de conhecer melhor a nossa cultura, a nossa literatura e a nossa arte.

O PCP defende que a política do Património não pode estar sujeita ou subordinada ao ‘mercado’ e à política de turismo. Antes, a política para o património deve intensificar a ligação cultural entre as populações e o património, integrar o património edificado na vida e quotidiano do país, resultando numa valorização e preservação vivida e fruída colectivamente. É através dessa vivência colectiva do património que se deve valorizar e afirmar o País na oferta turística e não através da concessão ou privatização de importantes componentes do património, delas alheando o povo e os hábitos culturais, a elas dando acesso apenas às elites. Em tempo de confinamento e de profunda crise do sector há pelo menos a oportunidade de se repensar o modelo que não exclui um turismo de massas, obviamente, nem tão pouco os direitos de todos, mas aposta na sua qualificação e numa sustentabilidade para futuro.

Jorge Almeida

Tem 53 anos e é presidente da Comissão Política Distrital do CDS-PP, bem como professor adjunto no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra. É investigador, membro sénior e especialista da Ordem dos Engenheiros. Colunista no Jornal Económico, é consultor e ex-director técnico de várias empresas e também ex-oficial do Exército. 

O turismo tem um forte impacto económico em Coimbra, pelo emprego que tem gerado e pelo investimento privado que dotou a cidade, nos últimos anos, com novas unidades hoteleiras, restaurantes, etc. Face à importância do turismo, há que criar uma estratégia que permita recuperar a posição de Coimbra no período pós-pandemia.

A estratégia de (re)atracção de turistas deve ser articulada, entre as várias entidades, para tornar Coimbra uma cidade com maior visibilidade mediática, o que só se alcança com campanhas de divulgação (redes sociais, TV, lobby junto de agentes de viagens, campanhas direccionadas a públicos específicos, jovens, seniores, mercado asiático, feiras de turismo, novos roteiros turísticos, campanhas de animação turística sazonal, festivais de música, etc.). Na prática, deve ser reforçada a comunicação sobre os eventos a realizar em Coimbra, que seduza os turistas e que demonstre que vale a pena visitar a cidade e permanecer mais tempo. A cadeia de valor do turismo deve ser estudada e focada para aumentar a duração média da estadia e assim captar mais turistas e recursos.

Para além dos monumentos e locais de interesse procurados pelos turistas, há que encontrar novos pólos de atracção turística. Em muitas cidades médias europeias, a oferta cultural ligada a festivais internacionais de música, teatro, cinema, ciência e literatura desperta muito interesse. Coimbra tem características particulares que poderiam tornar muito atractiva a realização deste tipo de eventos, no período pós-pandemia. Por outro lado, muitos pontos de interesse ainda não são suficientemente divulgados e por isso não têm merecido a devida atenção dos turistas nacionais ou estrangeiros.

Finalmente, no tocante aos apoios ao sector, estes passam necessariamente pelo governo central, que deve dar condições de recuperação aos agentes económicos para que estes possam recuperar da crise em que se
encontram, nomeadamente, o prolongamento das moratórias de crédito, em particular para o sector do turismo, é vital, dado as empresas não terem meios financeiros para fazerem face aos seus compromissos bancários, de forma imediata. No plano local, a isenção de taxas municipais pode ser um elemento
coadjuvante para ajudar a recuperação deste sector económico que não está a ser devidamente acompanhado nem apoiado.

Jorge Gouveia Monteiro

Nascido em 1956, licenciou-se em Direito. Foi dirigente do PCP, membro da Assembleia Municipal e vereador da CM Coimbra. Foi administrador dos Serviços de Acção Social da Univeridade de Coimbra (UC) e um dos fundadores da associação Grupo Gatos Urbanos. É coordenador da direção do movimento Cidadãos por Coimbra. 

É vital atrair os visitantes em torno de recursos e projectos únicos e autênticos. Já aqui escrevi sobre a fantástica oportunidade de revitalização da frente ribeirinha entre a Av Fernão de Magalhães e o Rio Mondego, e sobre a repercussão que uma boa liderança dessa operação, com ligação verde entre o Parque e o Choupal, com habitação e espaços culturais, pode ter em todo o Centro Histórico.

O bem classificado pela UNESCO como património da humanidade – Universidade-Alta-Sofia – carece de concretização, designadamente os colégios universitários da Rua da Sofia que, à excepção de parte do da Graça, estão vazios e expectantes. É muito preocupante que a associação RUAS (Câmara-Universidade-Direção de Cultura do Centro) esteja inactiva há longo tempo.

O eixo Sá da Bandeira-Praça da República- Jardim da Sereia está subvalorizado. A Praça pode ser o grande ponto de encontro entre a cultura da Cidade e os estudantes que a ela chegam, para isso o Município  tem que tomar para si a missão de bem os receber e de organizar programas, por exemplo em torno dos poetas e cantores da Cidade, essenciais à compreensão do seu papel histórico insubmisso.Os numerosos bares e espaços culturais deste eixo devem ser incentivados a participar.

A concretização do Museu da Ciência nas três alas do Colégio de Jesus pode dar um enorme contributo à vinda e à estadia mais longa de turistas, ávidos de conhecerem os tesouros científicos e históricos da Universidade, muitos deles únicos no Mundo.

O território do Município possui inúmeros monumentos, solares, espaços verdes, margens de rios, espaços de memória e circuitos que podem e devem ser valorizados, criando novos pontos de interesse. Recentemente, o CpC propôs à Câmara a aquisição e reabilitação da casa de Jaime Cortesão, no Largo da Cruz em S. João do Campo.  Não tivemos resposta. Visitámos também a atalaia medieval de Torres de Bera, para chamar a atenção para a necessidade da sua valorização.

[post-ad]

Filipe Reis

Chegou a Coimbra em 1983, vindo de Tomar para estudar Economia e viver numa República. É docente do Politécnico de Coimbra (ISCAC) e porta-voz da Comissão Política Distrital do PAN. Foi Administrador do IPC e SASIPC, dirigente da AAC e do EUC, atleta da AAC-SF e
co-fundador da AGIR pelos Animais e d’O Corvo.

Durante anos, o turismo em Coimbra sofreu com a deficiente cobertura hoteleira e com a dificuldade em que os turistas dormissem na cidade, ficando menos de um dia. Hoje, a rede de unidades hoteleiras já é muito razoável pelo que prolongar o tempo de estadia deve estar no centro das preocupações com o setor. Importa combater o modelo de autocarros a “descarregar” turistas junto à Porta Férrea, devendo ser rapidamente resolvida a falta de roteiros turísticos, a desenvolver na vertente cultural, associados à monumentalidade, história e cultura de Coimbra, e na vertente natureza, com ligação ao rio, à montanha e à ciclovia do Mondego. Os roteiros devem ser desenhados sobretudo em percursos pedestres. Sendo a melhor forma de conhecer a cidade e o território, tem óbvias vantagens para a saúde, para o ambiente e para a economia, ao contribuir definitivamente para prolongar a estadia.

No mesmo sentido, os restantes devem ter início e fim em Coimbra, reforçando a ligação a destinos próximos como Conímbriga ou as Aldeias de Xisto da Serra da Lousã. Aproveitando o facto de a Universidade de Coimbra (UC) fazer parte e Coimbra ter dado o nome à rede que reúne muitas das mais antigas universidades europeias (Grupo de Coimbra), será de promover neste âmbito um roteiro turístico à escala europeia orientado para descoberta das cidades com universidades centenárias.

A par da natureza e da cultura, importa explorar o turismo religioso, da saudade e da saúde. O caminho para Fátima e o caminho português para Santiago de Compostela devem ser aproveitados para dinamizar o turismo religioso na cidade. Por falar em Fátima, a forma como o Santuário soube diminuir o peso do 13 de Maio dinamizando a “época baixa”, serve de lição para o turismo da saudade em Coimbra. Há muitos milhares de antigos estudantes a atrair fora da Queima das Fitas, de forma estruturada e em articulação com a UC e o Instituto Politécnico de Coimbra, bastando facilitar a logística (organização de jantares de curso, alojamento, roteiros) do seu regresso periódico à cidade por que suspiram. A excelência dos serviços de saúde de Coimbra, aliada ao lugar da cidade e da Universidade no imaginário lusófono, pode e deve ser aproveitado para desenvolver o Turismo da Saúde.

Por último, devemos apostar no marketing digital para fazer de Coimbra um produto turístico no mundo, convidando personalidades mediáticas a nível
internacional cujo percurso de vida se enquadre na oferta turística de Coimbra (veja-se a associação de Umberto Eco a Tomar ou de Madonna a Lisboa) e promover espetáculos culturais de relevância nacional e internacional valorizando o “meio caminho” entre Lisboa e Porto.

Carlos Lopes 

Tem 42 anos. É licenciado em Geografia pela Universidade de Coimbra e pós-graduado em Ordenamento e Desenvolvimento do Território. É atleta federado da Secção de Desportos Náuticos – modalidade Remo – da Associação Académica de Coimbra. Foi presidente da Junta de Freguesia de Almedina, em Coimbra e é o atual Presidente da Comissão Política Concelhia do PSD Coimbra. 

Vítimas de uma pandemia há mais de um ano, vivemos hoje um momento de particular dificuldade e incerteza, cujas consequências, económicas e sociais, estão ainda longe de ser percecionadas e, muito menos ultrapassadas.
O setor do turismo foi e é, talvez, aquele que sentiu e sente o choque mais violento, até porque era um dos motores mais fortes de desenvolvimento do país e do concelho. Ainda assim, o setor continua em estado de sobrevivência e sem horizontes claros de recuperação. Os estudos e previsões mais recentes dão conta que este ano pode ainda não ser o ano dessa recuperação, ainda que possa permitir alguma inversão, alavancado no turismo interno. Há, pois, que considerar este tempo de crise como a oportunidade de criar as condições, preparar as estratégias e os alicerces para abraçar o dia seguinte à
pandemia, com condições para ganhar o futuro. Nesse sentido, haveria que assumir como prioridade política o apoio às empresas ligadas ao setor turístico, a hotelaria, a restauração, a animação turística, criando condições para a sua sobrevivência e adaptação a uma nova realidade que, será sempre diferente da que era. Ao mesmo tempo, há que restaurar e promover a confiança do turista interno, na qualidade e segurança do território, construindo as bases de um turismo mais sustentável, mais amigo do ambiente e mais resiliente.

O setor do Turismo carece de uma atenção especial, até porque é essencial ao desenvolvimento económico e social de Coimbra e da região. Assim, julgamos que preparar o futuro exige que se prepare o caminho com informações claras, que permitam ultrapassar as incertezas com que vivemos, e se promova a confiança essencial à procura do nosso território. A recuperação turística de Coimbra exige que deixemos de olhar para dentro e alarguemos o horizonte a todo um conjunto de outros municípios e locais, que possam alimentar, em rede, a curiosidade, as experiências e a interdependência, essenciais à criação de valor e ao aumento da permanência na região. Por outro lado, espera-se uma diminuição do Turismo de Negócios e do Turismo de Massas, ao invés uma procura maior dos destinos de natureza e de bem-estar, assim como da valorização da procura de destinos com menor volume de turistas. O desafio é claro e, por isso, importa reforçar a comunicação e a promoção digital do destino Coimbra e região, adotar medidas e apoios à adoção de práticas sustentáveis, bem como apostar na certificação e na segurança sanitária, são as respostas e exigências decisivas para se ganhar o desafio do
futuro.

Vítimas de uma pandemia há mais de um ano, vivemos hoje um momento de particular dificuldade e incerteza, cujas consequências, económicas e sociais, estão ainda longe de ser percecionadas e, muito menos ultrapassadas.
O setor do turismo foi e é, talvez, aquele que sentiu e sente o choque mais violento, até porque era um dos motores mais fortes de desenvolvimento do país e do concelho. Ainda assim, o setor continua em estado de sobrevivência e sem horizontes claros de recuperação. Os estudos e previsões mais recentes dão conta que este ano pode ainda não ser o ano dessa recuperação, ainda que possa permitir alguma inversão, alavancado no turismo interno. Há, pois, que considerar este tempo de crise como a oportunidade de criar as condições, preparar as estratégias e os alicerces para abraçar o dia seguinte à
pandemia, com condições para ganhar o futuro. Nesse sentido, haveria que assumir como prioridade política o apoio às empresas ligadas ao setor turístico, a hotelaria, a restauração, a animação turística, criando condições para a sua sobrevivência e adaptação a uma nova realidade que, será sempre diferente da que era. Ao mesmo tempo, há que restaurar e promover a confiança do turista interno, na qualidade e segurança do território, construindo as bases de um turismo mais sustentável, mais amigo do ambiente e mais resiliente.

O setor do Turismo carece de uma atenção especial, até porque é essencial ao desenvolvimento económico e social de Coimbra e da região. Assim, julgamos que preparar o futuro exige que se prepare o caminho com informações claras, que permitam ultrapassar as incertezas com que vivemos, e se promova a confiança essencial à procura do nosso território. A recuperação turística de Coimbra exige que deixemos de olhar para dentro e alarguemos o horizonte a todo um conjunto de outros municípios e locais, que possam alimentar, em rede, a curiosidade, as experiências e a interdependência, essenciais à criação de valor e ao aumento da permanência na região. Por outro lado, espera-se uma diminuição do Turismo de Negócios e do Turismo de Massas, ao invés uma procura maior dos destinos de natureza e de bem-estar, assim como da valorização da procura de destinos com menor volume de turistas. O desafio é claro e, por isso, importa reforçar a comunicação e a promoção digital do destino Coimbra e região, adotar medidas e apoios à adoção de práticas sustentáveis, bem como apostar na certificação e na segurança sanitária, são as respostas e exigências decisivas para se ganhar o desafio do
futuro.

Próxima Questão Coimbrã:

O que é que o concelho pode oferecer mais à população infanto-juvenil?

* Biografias da autoria dos inquiridos e editadas pela Coolectiva; respostas copiadas ipsis verbis. 

Outras Questões Coimbrãs:

Mais Histórias

QUESTÕES COIMBRÃS | Como apoiar os jovens no acesso à habitação?

O que é que perguntaríamos aos políticos da cidade se pudéssemos? E o que é que cada um deles responderia? Estas perguntas foram o ponto de partida para a criação desta rubrica da Coolectiva e não precisámos de pensar muito no nome. Fomos buscá-lo à Questão Coimbrã, célebre polémica literária que marcou a visão da […]

quote-icon
Ler mais small-arrow

QUESTÕES COIMBRÃS | Como fomentar a inclusão da comunidade na governação local?

O que é que perguntaríamos aos políticos da cidade se pudéssemos? E o que é que cada um deles responderia? Estas perguntas foram o ponto de partida para a criação desta nova rubrica da Coolectiva e não precisámos de pensar muito no nome. Fomos buscá-lo à Questão Coimbrã, célebre polémica literária que marcou a visão da […]

quote-icon
Ler mais small-arrow

QUESTÕES COIMBRÃS | Como promover a dinamização e preservação do centro histórico de Coimbra?

O que é que perguntaríamos aos políticos da cidade se pudéssemos? E o que é que cada um deles responderia? Estas perguntas foram o ponto de partida para a criação desta nova rubrica da Coolectiva e não precisámos de pensar muito no nome. Fomos buscá-lo à Questão Coimbrã, célebre polémica literária que marcou a visão da […]

quote-icon
Ler mais small-arrow
Contribuir small-arrow

Discover more from Coimbra Coolectiva

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading