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O Porto ouviu mais de 100 entidades na sua Estratégia de Desenvolvimento Económico

Falámos com Ricardo Valente, vereador com o pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara Municipal do Porto, sobre a forma como foi construída a estratégia Pulsar Porto, considerada uma visão de cidade e não uma visão da Câmara.

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Fotografia: Filipa Queiroz e Mário Canelas

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No passado dia 11 de maio, Coimbra acolheu o Startup Capital Summit, um evento nacional sobre capital de risco, inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia em Portugal. Num dos painéis do evento, relacionado com a criação de ecossistemas de inovação nas cidades, os municípios de Braga, Coimbra e Porto partilharam desafios e respostas para a atracção de investimento e retenção de talento.

No final da sessão, conversámos com Ricardo Valente, vereador com o pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo da Câmara Municipal do Porto, a propósito da Estratégia de Desenvolvimento Económico do Porto. 

O que nós fizemos foi ter uma ideia de como podíamos apresentar um plano que não fosse um daqueles planos tradicionais, à boa maneira portuguesa, que normalmente é uma coisa que envolve muito pouco a comunidade e que falha porque as pessoas não se revêem nos planos. (Ricardo Valente)

Apresentada hoje, 13 de maio, no Auditório do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, o Pulsar Porto é um plano estratégico e de acção que envolve um investimento directo de cerca de 600 milhões de euros, distribuídos pela execução de 10 projectos estruturantes para a cidade, ao longo de mais de 10 anos. Nas palavras de Ricardo Valente, a estratégia Pulsar Porto é considerada uma visão da cidade e não uma visão da Câmara, «que corporiza um conjunto de auscultações a mais de 100 entidades nas várias áreas.»

Fomos saber mais sobre o processo de construção desta estratégia.

Filipa Queiroz (FQ) – Como foi pensado o processo de elaboração de uma estratégia de desenvolvimento económico para o Porto?

Ricardo Valente (RV) O que nós fizemos foi ter uma ideia de como podíamos apresentar um plano que não fosse um daqueles planos tradicionais, à boa maneira portuguesa, que normalmente é uma coisa que envolve muito pouco a comunidade e que falha porque as pessoas não se revêem nos planos. Não há engagement, não há ligação, não há participação. Não posso estar envolvido numa coisa em que não participei, ninguém me ouviu, tipo PRR, na lógica do rei sol português. Nós dissemos: «Não, nós vamos fazer o processo todo ao contrário e bottom up.» Fizemos focus group a partir de instituições, desde a academia, desde associações empresariais, grandes empresas, comunidades locais, freguesias, agora existem 27 focus group com 117 entidades envolvidas.” 

FQ – Quanto tempo durou este processo de elaboração do plano? Onde podemos consultar as etapas de trabalho e a definição das entidades auscultadas?

RV Foi muito longo, comecei este processo antes das eleições, em Junho de 2021. No documento de 300 páginas apresentamos isso tudo. As grandes novidades são: o processo, que é participativo; o facto de ser um plano estratégico que tem um plano de acção; e um plano de acção que tem fontes de financiamento. Em quarto lugar, não menos relevante, um corpo directivo que vai acompanhar o plano. Eu vou criar uma unidade de missão que vai acompanhar a estratégia e, portanto, os planos de acção. São 10 planos estruturantes que dão lugar a 28 micro-projectos, todos articulados, mas que depois têm de ser acompanhados pela cidade. A cidade tem de saber o que foi feito e o que não está.”

FQ – A unidade de missão que será responsável pela execução desse plano é criada dentro da Câmara?

RV Não, vai ser uma pessoa independente.

FQ – Mas será criada uma associação para fazer esse acompanhamento? 

RV Não. Vai ser uma unidade de missão que não sabemos se vamos colocar na academia. Eu acho que devíamos colocar na academia, com base numa pessoa independente.

FQ – Que acompanhamento será, de facto, feito? 

RV Essa unidade vai acompanhar todos os indicadores. Temos um conjunto de KPIs [indicadores de desempenho] que são índices internacionais, porque queremos que o Porto esteja referenciado. Depois vamos ter um dashboard para ver onde está a cidade em termos de todos estes indicadores. O sistema de governance implica que existam sistemas de informação para dar às pessoas. É preciso dizer às pessoas como é que isto está, mesmo se estiver a correr mal. Como foi dito aqui, Portugal é um país que vangloria quem não falha, que normalmente não é ninguém porque toda a gente falha, e depois detesta o sucesso. É muito complicado estar num país que tem esta esquizofrenia completa, muito assente numa lógica de nivelar por baixo que não nos leva a nada.”

Objectivos de desenvolvimento económico para Coimbra

Na sua intervenção no Startup Capital Summit, José Manuel Silva, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, afirmou que o executivo municipal está a definir os grandes projectos e que duas das principais apostas serão a reabilitação urbana e a transformação da Baixa de Coimbra numa grande incubadora de startups. «Coimbra tem todo o contexto para que isso possa acontecer, para a captação de investimento. (…) Temos vários esqueletos industriais devolutos, dos anos 60 e 70, queremos apostar nessa recuperação para que Coimbra volte a ter aquele papel na produção de riqueza nacional. Temos aqui o caldeirão, vamos acender a fogueira.»

O programa eleitoral da coligação Juntos Somos Coimbra, que lidera agora o executivo municipal conimbricense, não menciona a elaboração ou execução de um plano estratégico de desenvolvimento económico, mas prevê a criação de um Conselho Estratégico com esta missão, «envolvendo todos os parceiros, um verdadeiro parlamento económico de Coimbra.»

Queremos apostar nessa recuperação para que Coimbra volte a ter aquele papel na produção de riqueza nacional. Temos aqui o caldeirão, vamos acender a fogueira. (José Manuel Silva)

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