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Desde as favelas do Rio de Janeiro até à Coimbra natal, Ana Cardoso trouxe empatia, inclusão e Yoga na Maré

E se o yoga fosse usado como ferramenta de transformação da percepção da vida e promoção de uma cultura de paz e bem-estar físico e mental da nossa comunidade? Tivemos uma amostra no «aulão» experimental que a fundadora do projecto no Brasil deu no Parque Verde do Mondego.

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Fotografia: Mário Canelas

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Artur António Santos foi o primeiro a chegar ao Parque Verde do Mondego na manhã nublada do sábado, 5 de Junho, dia escolhido por Ana Olívia Cardoso para mostrar seu projecto Yoga na Maré à cidade onde nasceu. Os dois se cumprimentaram e o acolhimento de Ana emocionou Artur: «Voltaria feliz para minha casa apenas pelo olhar e abraço que recebi aqui. Ela nunca tinha me visto de lado nenhum e tratou-me imediatamente como um amigo. A conheci virtualmente em Janeiro e comecei a fazer suas aulas no Youtube e, em pouco tempo, me interessei pelo projecto. Quando ela anunciou que faria uma aula em Coimbra, enchi-me de ansiedade. Eu queria era ter outra vida e mudar-me hoje mesmo para o Rio de janeiro e colaborar com a Organização Não Governamental que ela criou», sonha Artur, vindo do Entrocamento para participar de uma prática especial de yoga que reuniu três dezenas de pessoas na relva do Parque.


Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra, Ana Olívia Cardoso está há 18 anos fora de Portugal. Viveu na Alemanha e em Espanha antes de escolher o Rio de Janeiro como casa, há dez anos. Sempre voltada para trabalhos em projectos sociais, criou o Yoga na Maré em 2015 e que acolhe 150 pessoas que recebem gratuitamente aulas de yoga e sessões de massagem ayurvédica a preços populares: «Com o apoio de muitas doações conseguimos construir um espaço de acolhimento por meio da yoga, onde os moradores deste enorme complexo de favelas (actualmente com uma população de 140 mil pessoas) conseguem respirar, relaxar e encontrar ferramentas para promover o auto-cuidado», explicou.


No Brasil, esses «Aulões» foram pensados como passeios culturais para promoção de um espaço de convívio entre as alunas e alunos, tão importantes numa cidade partida como o Rio de Janeiro: «Acredito no yoga, não só como uma poderosa ferramenta de transformação e promoção da saúde física e mental, mas também de integração e construção de um mundo mais equilibrado, saudável e justo», explica Ana.


Em Coimbra, os participantes começaram a chegar perto das nove horas. Com seus tapetes enrolados debaixo do braço, eram acolhidos por José e Maria Cardoso, pais de Ana e ainda por Diogo Felix, o marido da professora que se responsabiliza por toda a divulgação e registo fotográfico do projecto. Algumas pessoas levaram os filhos pequenos e Sofia Malta participou ao lado de Snu, seu cão labrador: «Vim passear e vi ao longe o grupo, não sabia da aula e quis integrar-me».

Das 30 pessoas que participaram da aula, 16 nunca tinham experimentado a prática hindu, mas não era este o caso de Alesia Matusevych, advogada ucraniana natural de Dnipro, que estuda português na Faculdade de Letras. Alesia praticava yoga na Ucrânia e nunca teve oportunidade de manter a prática em Portugal: «Vim estudar e a guerra eclodiu no meu país, tive que trazer as mulheres da minha família para Coimbra e hoje, depois de tanto tempo, fiz uma aula como as que eu fazia na minha terra. Vim para me sentir abraçada e abraçar outros», conta Alesia.


A primeira aula do projecto Yoga na Maré durou hora e meia, com visível preocupação de Ana Olívia em proporcionar um momento inclusivo: «Se não puderes esticar mais, está tudo bem, cada um escolhe a sua variação, cada um se movimenta do jeito que se sentir bem, respeitando os limites do corpo e se respeitando, o importante é estar aqui compartilhando este momento», disse pouco antes da saudação reverencial «Namastê», uma ligeira vénia com as palmas das mãos juntas e próximas ao coração, usada no final das aulas de yoga.

Olívia espera que este tenha sido o primeiro movimento de expansão do projeto: «De certo modo, vim compartilhar o que tenho construído em minha trajetória e por isso foi importante receber nesta aula pessoas de diferentes fases da minha vida, desde parentes até colegas Mondeguinas (cheguei a ser presidente desta Tuna Feminina!). Eu não poderia dar este passo em outro lugar que não Coimbra e, por isso mesmo, foi tudo muito especial, com a Cabra ali atrás e o Mondego ao lado», diz Ana.

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