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Gerir outros parques e ser uma comunidade de energia renovável: os desafios do Coimbra iParque

A empresa gestora do parque tecnológico de Antanhol existe há 18 anos, mas a administração admite ter consciência do desconhecimento da cidade quanto ao seu trabalho. O novo presidente, Ricardo Lopes, diz que está a ser discutido um modelo de negócio que torne o projecto mais sustentável.

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Fotografia: Mário Canelas

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PROMESSA ELEITORAL

Dar um grande impulso ao iParque e ao adiado edifício Tesla, retirando-o da estagnação em que se encontra, para que seja de facto um Parque de ciência e tecnologia liderante.

ESTADO DE ACÇÃO: AMARELO

A empresa municipal Coimbra iParque foi criada em 2004 para gerir o parque industrial e tecnológico que foi inaugurado em 2009, em Antanhol. Dezoito anos depois, Ricardo Lopes admite que o modelo de negócio poderá ter de ser revisto, tendo em vista a sustentabilidade da empresa. «Esta é uma empresa que, desde o início, não tem tido uma vida fácil. Vive da venda de lotes industriais e, em concelhos limítrofes, os terrenos industriais são quase dados, aqui não o podemos fazer. Temos no edifício sede também o acolhimento de empresas e, apesar de estar preenchido a 100%, as rendas não cobrem os custos, temos um problema de sustentabilidade», admite Ricardo Lopes.

O presidente do Conselho de Administração da Coimbra iParque, empossado no final de Maio, revela que a empresa só teve um ano de resultados positivos, que foi o último, e devido a um perdão de dívida junto do antigo Banco Espírito Santo. «O antigo Conselho de Administração aproveitou, e bem, essa oportunidade, que minimizou um problema existente – mas há outros. O grande objectivo é resolvê-los e arranjar um modelo de negócio sustentável», considera.

E como conseguir esse modelo de negócio? Uma das ideias passa por alargar o raio de acção da empresa, podendo gerir outros parques empresariais do concelho, como o de Eiras e o de Taveiro. «Há uma perspectiva integrada com a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) de alargar o âmbito do iParque, como a gestão de outros parques industriais, em Eiras e Taveiro, e ficarmos também a gerir a segurança e os espaços verdes dos três parques. Isso está em cima da mesa», sublinha Ricardo Lopes.

Esta situação não tem ainda um prazo definido para a sua decisão, uma vez que tem de passar pela reunião do Executivo Municipal. «Vai depender da perspectiva da CMC e da sua estruturação orgânica, mas na nossa perspectiva pode fazer sentido. Os outros parques não têm gestão, estão dentro do Gabinete de Apoio ao Investidor», lembra, prosseguindo que a captação do investimento deve estar toda concentrada numa entidade. «A oferta deve ser integrada, pode ser na empresa municipal ou numa solução que a CMC entenda ser a mais adequada, conjugando os esforços da cidade por inteiro», defende.

Outra proposta já feita à CMC passa por ter, no espaço do iParque, uma comunidade de sustentabilidade energética. «Já lançámos a ideia de sermos uma espécie de comunidade para energia renovável, para servir as empresas do iParque, que passa pela instalação de painéis fotovoltaicos. A CMC não quer, por princípio, instalar painéis em terrenos, só em coberturas. Estamos a preparar um projecto que pode passar por instalar não só em coberturas, mas nos estacionamentos, estamos a pensar em várias possibilidades», descreve o presidente do Conselho de Administração, salientando que há empresas sediadas no parque que já têm painéis, como o Centro Tecnológico da Cerâmica e Vidro. «Têm painéis, mas a produção de energia só cobre 25% das necessidades deles. Há uma preocupação ambiental que queremos assegurar, que passa também por remodelar a iluminação, com instalação de lâmpadas LED», completa.

À espera de candidatura a financiamentos

O parque tecnológico de Antanhol está presente no programa eleitoral do Juntos Somos Coimbra, que conquistou a maioria do Executivo Municipal nas últimas eleições autárquicas, em Setembro de 2021. Na medida número 6, é dito que a coligação quer «dar um grande impulso ao iParque e ao adiado edifício Tesla, retirando-o da estagnação em que se encontra, para que seja de facto um parque de ciência e tecnologia liderante». Ricardo Lopes está há pouco mais de um mês na presidência do Conselho de Administração e ressalva que o programa eleitoral não é da sua responsabilidade, mas assegura que estão a decorrer reuniões para atrair empresas para Coimbra e para o iParque.

«Há duas empresas que já estavam em Coimbra e adquiriram lotes de terreno, como a Helukabel (de cabos eléctricos para indústria) e a VentilAQUA (de equipamentos para o tratamento de águas). Tive uma reunião, na semana passada, com uma multinacional e vamos voltar a reunir-nos, uma vez que [os responsáveis pela última] identificaram o iParque como um local onde se pretendem instalar. Temos tido muitas reuniões com empresas e com a CMC, algumas não têm viabilidade para vir, como uma que quer espaço imediato construído e nós não temos essas condições», sustenta Ricardo Lopes.

Quanto ao falado edifício Tesla, trata-se de uma aceleradora de empresas para o qual já houve financiamento disponível em quadros comunitários anteriores, mas que não avançou. O presidente do Conselho de Administração revela que já houve uma reunião com a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (entidade responsável pelas candidaturas a fundos comunitários) para saber quando voltará a ser possível candidatar o edifício a financiamento. «Foi-me dito que poderá ser para o ano, no Portugal 2030, próximo quadro comunitário de apoio. Não estou a dizer que começamos a construção no próximo ano, mas poderemos submeter a candidatura», aponta.

O Tesla será um edifício para aceleração de empresas que não será, segundo Ricardo Lopes, concorrência ao Instituto Pedro Nunes (IPN). «Poderá vir a ser uma 3ª fase do IPN, num estado mais avançado de maturidade. Os três vectores do iParque são tecnologia, ciência e saúde, o IPN é sobretudo tecnologia. Não será concorrente, até porque o IPN é nosso accionista», defende.

Das três fases de construção previstas inicialmente para o Coimbra iParque, só a primeira está concluída. O início da segunda fase está em construção, com mais espaço para lotes industriais. E ainda há uma terceira fase planeada, onde constam áreas residenciais e hoteleiras, ainda sem data para o arranque. Em termos empresariais, estão a laborar em Antanhol cinco empresas, num total de 400 postos de trabalho. A última a instalar-se foi a Olympus, que começou a laborar a 20 de Junho. O Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, a Sanfil, a AIRC (Associação de Informática da Região Centro) e a Cool Haven são as outras empresas instaladas em Antanhol.

Além de avançar com a segunda fase, o presidente do Conselho de Administração do iParque aponta para outros melhoramentos que o próximo quadro comunitário de apoio poderá permitir. «Este é um parque de tecnologia e inovação e não temos um ponto de carregamento de veículos eléctricos, só para dar um exemplo. E também queremos melhorar a sinalética», destaca.

Aproximar a cidade

Admitindo haver um desconhecimento e até uma desconfiança dos conimbricenses em relação ao Coimbra iParque, Ricardo Lopes afirma ser um dos objectivos da nova Administração poder aproximar a cidade do parque tecnológico. «Queremos associações a desenvolver iniciativas, pequenas empresas a dinamizar eventos e que usem o iParque para isso. Temos um auditório com 188 lugares, com duas cabines já equipadas para tradução simultânea, temos um mini-auditório, temos uma série de condições para a cidade aproveitar o investimento que aqui foi feito», sustenta.

Uma das situações de aproximação está relacionada com os transportes públicos. Desde meio de Junho que, a título experimental, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra alargaram os horários para o parque. «Teve a ver com uma preocupação da administração da Olympus que, assim que criou condições para os trabalhadores virem para o parque, quiseram perceber como funcionava o serviço de transportes públicos para o iParque», salienta Ricardo Lopes.

A empresa municipal Coimbra iParque foi criada em Fevereiro de 2004 com o objectivo de gerir um parque tecnológico e industrial em Coimbra. Esse parque começou a ser construído em Antanhol pouco tempo depois, tendo a inauguração oficial acontecido em 2009. A Câmara Municipal de Coimbra é a principal accionista, detendo cerca de 90% da empresa. A Universidade de Coimbra, o Instituto Pedro Nunes, a Critical Software e o Novo Banco estão entre os accionistas.

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