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Elisa

Trabalha seis horas por dia e mora num quarto, com outras mulheres, em Santa Cruz.

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Fotografia: Mário Canelas

«Queria viver numa casa minha, mas só posso pagar por um quarto. Lá, o quarto de banho é para todas e não posso cozinhar, por isso venho aqui todos os dias para poder comer. Eu ainda trabalho, sou da equipa da limpeza na Escola Superior de Enfermagem, trabalho lá todas as tardes. Ainda me falta um tempo para a reforma mas já estou bem cansada, os meus joelhos não me ajudam, está a ver como eu ando devagarinho? Eu não sou de Coimbra, nasci em Nogueira do Cravo e vim pequenininha para cá. Nunca mais voltei à minha terra e ainda tenho lá alguns parentes. Estou a usar máscara mas não tenho o bicho, não se preocupe, já tive Covid e sobrevivi, mas tive amigos que foram internados e morreram. Uma tristeza enorme. Para fazer a fotografia eu vou tirar a máscara, está bem? A menina não se importa de me mostrar este meu retrato depois? Faço anos no dia 2 de Agosto. Se quiser telefonar-me nesse dia eu tenho telefone, quer anotar o meu número?»

Este testemunho faz parte de uma reportagem sobre a população em situação de sem-abrigo em Coimbra que será publicada brevemente.

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