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Há novidades no Exploratório de Coimbra e incluem um Labirinto e um Babylab

Prestes a inaugurar uma nova exposição principal dedicada à água e com a zona exterior quase (e finalmente) requalificada, o Exploratório tem um novo espaço que alia diversão e conhecimento para os mais novos.

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Fotografia: Mário Canelas

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A ansiedade é muita. Enquanto os adultos acabam os discursos, já as vozinhas sussurram e as mãos começam a ficar impacientes para entrar na nova proposta do Exploratório. São crianças do pré-escolar que fazem parte do projecto Escola de Ciência Viva, um programa pioneiro no país para «aqueles a quem a Ciência geralmente chega mais tarde», nas palavras do director do Centro Ciência Viva de Coimbra, Paulo Trincão.

Todas as semanas, uma turma da rede pública de jardins de infância do concelho é recebida no centro instalado em pleno Parque Verde do Mondego e, ao longo de cinco dias, passa o dia inteiro a aprender e explorar com diversão e ciência à mistura – refeições incluídas. São 56 turmas até 2024 que fazem parte desta iniciativa em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra, com mais um milhar de crianças envolvidas, cujos familiares e educadores «cada vez mais procuram este tipo de espaços».

Mas vamos ao que nos trouxe. Finalmente, há luz verde para entrar no Labirinto. Algumas crianças entram pela porta que dá para a sala de espelhos, outros na que dá acesso ao pavilhão principal e outras ainda que se esgueiram pela entrada mais baixinha que vai dar ao BabyLab – um pequeno circuito para os mais pequeninos de todos, menores de três anos, com obstáculos, cores e muitas formas.

Há gritos e gargalhadas por todo o lado. O tempo é de explorar e descobrir diferentes percursos no Labirinto feito com painéis de 1,20m de altura e pontuado por múltiplos desafios, jogos e enigmas. «Como qualquer labirinto é um desafio de cada um encontrar a sua orientação. Para nós, é simbólico que as crianças mais pequeninas comecem a encontrar os caminhos para a ciência através da tentativa erro», atira Trincão, que destaca que praticamente tudo foi construído pela sua multifacetada equipa e recorrendo também à reutilização.

Reconhecemos alguns equipamentos de exposições ou actividades passadas no espaço, que tem uma oferta regular única na cidade para o público mais novo e as respectivas famílias. A organização admite que é um trabalho em construção e a idade mínima e máxima não está totalmente decidida, mas todas as crianças têm de ser acompanhadas por um adulto. À entrada na sala de luz negra a histeria é total. «Olha para a tua camisola, está a brilhar!», atira uma criança. E ainda nem viram outra grande tentação: os Saltaricos Saltitões, ao fundo da sala, onde as crianças podem saltar para dentro de um macacão com uma espécie de suspensórios gigantes e pular como coelhos ao longo de um pequeno percurso.

O Babylab, logo à entrada, tem cores e formas, obstáculos e desafios criados à dimensão dos (ainda mais pequeninos) e uma alternativa à oferta de música e leitura de histórias que existe pela cidade, inclusive no próprio Exploratório. O horário é o de funcionamento normal do Centro Ciência Viva, das 10h às 13h e das 14h às 18h. Há seis anos que as sessões Explorastórias são «um sucesso absoluto», a par com o Pais…não venham cedo! e os filmes no Hemispherium e Astronomia para Bebés.

Paula Gusmão Parece, açoriana a viver em Coimbra há duas décadas, é ex-educadora e actualmente guia e assistente Montessori e observa as crianças a brincar. «É muito bom porque eles desenvolvem a parte sensorial, a parte do movimento, a parte cognitiva e depois [complementado] com a zona exterior é ouro sobre azul, têm aqui tudo, estão de parabéns», comenta.

O Método Montessori é o resultado de pesquisas científicas e empíricas desenvolvidos pela médica e pedagoga Maria Montessori que, entre outras coisas, Paula explica que «trabalhava muito a parte do adulto, como é que devemos agir com as crianças, dizendo que o problema geralmente não está nelas mas nos adultos ou no ambiente que as rodeia».

O Labirinto faz parte de um processo de restruturação do Exploratório que, durante uma década, teve como coração a exposição principal, que agora a direcção decidiu que estava a precisar de reforma. «Em breve terá uma enorme exposição sobre a água, uma das mais importantes na Europa e fará o Exploratório ter uma nova cara para os próximos tempos», avançou Paulo Trincão, admitindo que todo o centro está a precisar de remodelações. A inauguração de Água – Uma Exposição sem Filtro, que esteve patente no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, está prevista para 25 de Novembro.

No exterior, as novidades já estão a acontecer. De acordo com a Câmara Municipal de Coimbra, «em breve» é inaugurado o Projeto de Execução de Arquitetura da intervenção Orçamento Participativo – Verd’O Parque para a área envolvente ao Exploratório, que está a ser alvo de intervenção com vista à melhoria das acessibilidades, renovação de pavimentos e equipamentos. A intervenção deve-se à proposta de Sofia Isabel Chéu Reis, Rebeca Elvas, Filipa Ladeiras e Catarina Gonçalves apresentada ao orçamento participativo de 2019 do Município de Coimbra.

A intervenção visa o espaço compreendido entre o Exploratório, as Piscinas do Mondego, e a margem do rio, assim como o espaço entre o Exploratório e a Av. Inês de Castro. O objectivo é eliminar algumas barreiras físicas e criar pavimentos confortáveis à sua fruição, colocar sinalética, mobiliário urbano e equipamentos lúdicos que incentivem a explorar conhecimentos de ciência e a sua experimentação. Inclui um passadiço sobre-elevado com plataformas de contemplação, um charco, um canalete de água, canteiros para hortas, uma parede de observação de aves e mesas de piquenique. Também está a ser construído um pequeno auditório para acolher espectáculos e outras actividades a céu aberto.

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