
Cooperativas de habitação: não deixar sem chão quem precisa de tecto
Revisitamos o que foi feito e o que está planeado para Coimbra, numa altura em que a carência habitacional é uma realidade e as cooperativas podem ser uma solução.
Nasci em Coimbra, por cá cresci e estudei arquitectura. Estagiei com o Atelier do Corvo, pelo qual tive o privilégio de colaborar na requalificação do Laboratório Chimico. Rumei depois a Barcelona, onde colaborei numa obra de Chipperfield, entre outros projectos. Em Lisboa, onde me demorei uma década, trabalhei em arquitectura até que a construção estagnou. Criei então uma empresa de conceitos para publicidade, os WATEB, e ensaiei-me no jornalismo cultural, tendo sido editor da DIF e da Le Cool Lisboa. Fui ainda presidente da associação cultural Movimento Acorda Lisboa. Vivi depois em Antuérpia, no Luxemburgo, em Siracusa e em Viterbo. Voltei para Coimbra, comecei um mestrado em Reabilitação de Edifícios, agora em pousio, e retomei a arquitectura, colaborando com os GU’MA, de Leiria. Escrevo para as revistas Parq e Bica. Sou vegetariano e mantenho a página @coimbrastreetart no Instagram.
Revisitamos o que foi feito e o que está planeado para Coimbra, numa altura em que a carência habitacional é uma realidade e as cooperativas podem ser uma solução.
A associação de desenvolvimento local Coimbra Mais Futuro, instalada na Casa das Abóboras, em Bencanta, dinamiza iniciativas entre os meios rural e urbano.
É, em conjunto com a maternidade Daniel de Matos, onde se fazem mais partos no país e um edifício singular, recheado de arte e história. Com o novo serviço hospitalar destinado a parturientes e acompanhamento médico de grávidas de Coimbra no horizonte, visitamos o complexo do Instituto Maternal e damos conta dos anseios de quem lá trabalha.
Apetece cantar «era um teatro muito engraçado, não tinha tecto, não tinha nada». Subimos à zona história de Coimbra para fazer o ponto de situação sobre o importante edifício histórico-cultural, a degradar-se desde os anos 90. O destino permanece incerto e há quem atire diferentes soluções.
Há dois anos que a associação utiliza o voluntariado enquanto ferramenta para recuperar e reabilitar o interior das casas de outras associações e habitações degradadas na cidade de Coimbra, fomentando o bem-estar e a coesão social.
A antiga fábrica cerâmica que ladeia a linha ferroviária do Norte no Loreto, em Coimbra, está a renascer pela mão de empresários, criativos, artistas e artesãos que preenchem o espaço de trabalho, ideias e vontades.