É mais fácil do que parece ter um dia-a-dia mais sustentável, e não estamos a falar apenas do ambiente. Sustentável é o que tem condições para se manter ou conservar, e não é apenas a pegada ecológica que podemos poupar com pequenos grandes gestos diários, que às vezes só dependem de um clique. Literalmente.
Tomar medidas para proteger o nosso planeta é um trabalho para a vida (sem pressão), mas, infelizmente, o que mais contribui para as alterações climáticas está fora do nosso controlo – a queima de combustíveis fósseis para produzir electricidade (25%), a agricultura e uso da terra (24%), as fábricas e indústrias (20%). Cabe à autoridades eleitas e aos líderes empresariais, que nós podemos e devemos pressionar, criar e aplicar políticas e práticas que levem à mudança duradoura que esta crise exige.
Mas, mesmo sendo as nossas acções individuais apenas uma pequena parte da resposta, o que é podemos fazer? Podemos começar um movimento. Podemos fazer mudanças simples e tornar as nossas acções contagiosas, inspirar as pessoas do nosso círculo, fazer essas coisas também e usá-las como ponto de partida para defender mudanças sistémicas e de grande dimensão.

Troquem o carro pelo transporte público uma vez por semana
Escolham um dia da semana para fazer essa viagem. Podem aproveitar o tempo para fazer coisas como ler jornais ou um livro, ligar a um amigo, ouvir um podcast ou fazer uma compra online, além de simplesmente apreciar o percurso. Há mais coisas do que imaginam a passar-vos ao lado enquanto conduzem um automóvel. Se precisarem de argumentos, saibam que de acordo com a Agência Europeia do Ambiente, 97% da população urbana da Europa está exposta a níveis de partículas finas acima da diretriz da Organização Mundial de Saúde e essas partículas provêm da utilização da energia, dos transportes rodoviários, da indústria e da agricultura. Há mesmo muitas mortes prematuras devido à poluição atmosférica, que podiam ser evitadas.
Usem panos em vez de folhas de papel descartáveis
Não precisa de muitas explicações, habituámo-nos a usar lenços e rolos de papel de cozinha, mas na verdade os velhos lenços de bolso e os panos (que até podem ser feitos de reaproveitamentos de toalhas velhas cortadas) são bem mais amigos do ambiente e não produzem lixo.

Usem guardanapos de pano
Há tantos e tão bonitos, de diferentes materiais. Podem utilizar várias vezes até os lavarem e voltarem a usar, dependendo da sujidade, evitando a despesa de comprar os de papel. Mesmo que seja papel reciclado, é sempre um consumo e volume no caixote do lixo indiferenciado.
Não deitem beatas para o chão
Parece mentira, mas ainda há quem o faça. Há beatas de cigarros a acumularem-se junto a paragens de autocarro, bares e outros espaços da cidade. Não o façam e se virem alguém fazê-lo, tentem demover ou apresentar alternativas como os cinzeiros portáteis que se transportam facilmente na bolsa ou mochila.
Não poluam os espaços de lazer
Espaços como a nossa Praia Fluvial do Rebolim, em Coimbra, são recorrentemente alvo de recolhas voluntárias de lixo, porque quem os frequenta muitas vezes não utiliza os caixotes do lixo para deixar os seus resíduos. Não deitem lixo para o chão e se virem alguém fazê-lo tentem explicar que está errado e prejudica gravemente a natureza e a harmonia do espaço que é de todos.

Usem garrafas reutilizáveis para a água
Já não há desculpas. A oferta de garrafas reutilizáveis e cantis é enorme, feitas dos mais variados materiais (plástico reutilizável, vidro, alumínio, aço inoxidável, barro) e para os mais variados gostos e bolsos. Comprem garrafas de água descartáveis só quando for mesmo necessário, aproveitem o facto de termos água da torneira de grande qualidade e vão enchendo a garrafa reutilizável ao longo do dia, quer nos passeios e outras deslocações, quer no local de trabalho. Algumas até têm a vantagem de serem térmicas e por isso manterem o calor ou o frio.
Reutilizem os frascos e as embalagens
Em vez de comprarem novas caixas, tupperwares ou frascos para pôr os feijões, o açúcar ou os biscoitos, lavem aqueles que compraram com alimentos lá dentro, feitos de vidro ou de plástico, e reutilizem-nos. Até podem ser criativos e fazer etiquetas com pedaços de papel que estejam perdidos pela casa ou usar como copos ou jarros com flores. Poupam a carteira, o ambiente e ganham objectos de armazenamento e decoração originais. O plástico e o papel que vem nas encomendas, por exemplo, também pode servir para embrulhar comida e presentes.

Ofereçam coisas vossas que já não usam
Se um amigo ou familiar faz anos, antes de comprarem um presente pensem no que é que têm lá em casa que ele ou ela pudesse gostar e que vocês já não usem ou não se importem de abdicar. Desde que esteja em bom estado, é especial receber um livro, um brinquedo ou outro objecto que já foi apreciado por alguém de quem gostamos.
Reaproveitem os restos das refeições
O desperdício zero está na ordem do dia por isso encontrem formas práticas de cozinhar com os ingredientes que sobraram de outras refeição. Usem as batatas que sobraram na travessa do bacalhau para uma tortilha, metam a massa que sobrou do jantar na salada que vão levar para o trabalho, façam açorda com o pão que ficou duro ou sumos de frutas com os talos da beterraba e da cenoura batidos.

Fechem as torneiras enquanto lavam as mãos, os dentes ou a loiça
É uma questão de hábito. Abram a torneira para molhar as mãos ou os pratos, fechem-na e voltem a abrir para passar por água só depois de ensaboar ou lavar os dentes. Parecendo que não, significa uma enorme poupança de água, esse bem que é essencial às nossas vidas mas que, ao contrário do que parece, é limitado e cada vez mais escasso. Colocar dispositivos que reduzem o caudal das torneiras é outra medida útil para reduzir os consumos de água sem alterar o conforto, além de tomar duches rápidos em vez de banhos.
Dêem ou apanhem boleia de amigos ou colegas
Têm a certeza de quem têm de usar o carro sozinhos para ir para o trabalho? Se forem cinco amigos ou colegas a dividir a viagem, não só poupam o ambiente como fica mais barata e ainda ganham um bom momento de convívio antes e/ou depois do expediente. Se tiverem de sair de Coimbra, podem experimentar as plataformas e grupos de boleias online.

Façam a vossa horta ou jardim
Cuidar de plantas alivia o stress e pode dar para desfrutar de produtos frescos e saborosos. Cultivar mesmo uma pequena quantidade da comida que se come – e inspirar os amigos e vizinhos a fazer o mesmo – pode ajudar a mitigar as alterações climáticas. Querem experimentar? Conheçam um exemplo no Monte Formoso e algumas hortas urbanas e periburbanas do concelho.
Comprem local
Pode parecer tolo, mas a simples acção de sair e fazer as coisas pode contribuir muito para ajudarem Coimbra a prosperar. Basta pensarem nisso – estão a ajudar a criar uma imagem de uma cidade que está viva e agitada. Isso é óptimo para a moral. E talvez mais importante ainda, estão a comprar comida, bebida e mercadorias a restaurantes, bares, cafés, pastelarias e outras lojas locais que precisam de se levantar depois da pandemia. Portanto, saiam e encontrem algo divertido para fazer em Coimbra este fim-de-semana! Dos mercados à Baixa, partam à descoberta ou espreitem na Agenda se há algum evento em particular que vos interesse.

Usem copos e cuecas menstruais
Ao longo da vida, uma mulher usa entre cinco mil e 15 mil pensos higiénicos e tampões e a grande maioria acaba em aterros sob a forma de lixo plástico. Os tampões são embalados em plástico, envoltos em aplicadores de plástico, com fios de plástico e muitos até incluem uma fina camada de plástico na parte absorvente. Os pensos têm geralmente ainda mais plástico, desde as bases à prova de fugas, aos elementos sintéticos que absorvem o fluído. Os tempos mudaram, já lá vai o tempo em que a menstruação era vista como algo sujo e motivo de vergonha, por isso além de derrubar o estigma é fundamental rumar em direcção a um futuro social e ambientalmente mais consciente. Se forem mulheres, ofereçam-se a vocês mesmas ou às vossas amigas, filhas e sobrinhas um copo menstrual ou umas cuecas menstruais e promovam o acesso a estes objectos de recolha menstrual, que são fáceis de usar e lavar, e só precisam de ser mais conhecidos e a utilização desmistificada.
Troquem as fraldas descartáveis por reutilizáveis ou biodegradáveis
Podem ser radicais ou encontrar um meio termo, mas a utilização de fraldas reutilizáveis significa uma poupança muito grande para o ambiente. Em média, são usadas cerca de seis mil fraldas nos três primeiros anos de vida de um bebé e cada uma delas leva cerca de 450 anos para se decompor. Além disso, para as fabricarem são utilizados recursos como árvores (celulose), petróleo (produção do plástico), água e produtos químicos. Os processos de extração, separação, refino e transporte da nafta, que é uma fração do petróleo, um recurso não renovável, tem uma elevada pegada ambiental, porque implicam queimar os combustíveis fósseis emitindo gases do efeito estufa.
Organizem recolhas de lixo na vossa rua
Não fiquem apenas pela denúncia, ponham mãos à obra e organizem-se com os vossos vizinhos para porem o vosso bairro mais limpo. Além de fazerem uma boa acção, em prol do bem comum, ainda dormem mais descansados sabendo que deram uma ajuda ao planeta. Em Coimbra, há moradores da Urbanização Quinta da Portela que o fazem.

Comprem detergentes a granel
Remonta à época dos nossos avós, em que os recipientes não abundavam e não havia super produção de plásticos, mas a verdade é que a compra a granel é uma tendência que está a voltar, porque tem claras vantagens para o meio ambiente. E não é só na compra de alimentos. Podem entrar em lojas com o vosso próprio recipiente (idealmente de vidro) e enchê-lo com a quantidade de detergente que precisam. Há lojas em Coimbra, como o Bioescolha e o Green2You.
Comprem ou troquem roupa e mobília em segunda mão
É uma tendência e daquelas boas. Não faz sentido comprar coisas novas quando há lojas com peças em óptimo estado à espera de serem reutilizadas e a preços acessíveis. Descubram também eventos como a Feira do Livro Dado, a Troca de Roupa! e o Mercado de Trocas para Crianças e Jovens da Casa da Esquina, ou o Mercado de Trocas da Casa das Artes Bissaya Barreto. Basta estarem atentos à Agenda.
Arranjem o que se estragou ou deixou de servir
Pensem duas vezes antes de sair para comprar uma coisa nova, porque se a que se estragou ou deixou de servir tiver arranjo, é mais uma poupança a vários níveis.

Usem sacos de pano ou reutilizáveis
Cada vez se usam menos mas se calhar ainda escapam alguns sacos de plástico quando vão às compras, sobretudo aqueles pequenos para a fruta e outros alimentos que se compram a granel, não é? Arranjem sacos de pano ou de outros materiais laváveis e deixem-nos à porta de casa ou num compartimento do carro para quando precisarem de ir às compras e usem-nos em vez de comprarem novos.
Usem tecido em vez de discos desmaquilhantes
Podem comprar ou simplesmente reutilizar uma toalha que tenham em casa. Cortando-a às rodelas ganham discos desmaquilhantes que vão durar muito mais tempo e equivalem a menos uma embalagem de plástico consumida.
Evitem plásticos de utilização única
O plástico desempenha um papel útil na economia e tem aplicações essenciais em muitos sectores, mas na sua utilização em aplicações de curta duração, que não são concebidas para serem reutilizadas ou recicladas de forma eficaz, torna os seus padrões de produção e consumo ineficientes e lineares. Na União Europeia, 80 % a 85 % do lixo marinho é constituído por plástico e metade são artigos de plástico de utilização única, o que acarreta um sério risco para os ecossistemas marinhos, a biodiversidade e a nossa própria saúde, com prejuízos para actividades como o turismo, as pescas e o transporte marítimo.
Apaguem emails antigos
Sim, os serviços electrónicos poluem, produzem gases para suportar cada actividade, desde o email ao streaming (de música e vídeo). Os níveis emitidos dependem sempre da empresa que fornece a energia a cada casa, mas cada email indesejado (spam), por exemplo, equivale a 0,3 gramas de emissões de dióxido de carbono, segundo Mike Berners-Lee, especialista e autor do livro «How Bad are Bananas: The Carbon Footprint of Everything». Um email normal, desde o momento em que é composto até ser lido, tem uma pegada de 4g de CO2e, incluindo a energia gasta pelos centros de informação e os computadores utilizados para enviar, filtrar e ler o email. Com anexos pode chegar aos 50g de CO2e. Pensem bem se precisam de manter a fatura do casaco que compraram online ou as mensagens do banco.
Usem a bicicleta como meio de transporte
Coimbra começa a ter uma robusta comunidade de ciclismo urbano, como deu para perceber pela nossa Conversa de Café. Aventurem-se, experimentem as bicicletas partilhadas disponíveis pela cidade ou peçam emprestado a um amigo ou vizinho e descubram as ciclovias que já existem pela cidade. Percebam que é possível ir para o emprego ou levar as crianças à escola usando a bicicleta como meio de transporte e que são várias as vantagens.

Não usem palhinhas
Mesmo que sejam de papel, precisam mesmo delas? O copo não serve?
Usem cotonetes reutilizáveis
Já se conseguem encontrar à venda em lojas ou online e geralmente são feitos de silicone médico e plástico reciclado, por isso são laváveis e reutilizáveis.
Escolham dias em que não comem carne
A produção da carne implica a perda de biodiversidade e emissões de carbono e metano, dois gases de efeito estufa libertados em grandes quantidades pelos animais. No total, o sistema agroalimentar é responsável por mais de um quarto destas emissões, estando apenas um terço desse valor relacionado com o transporte e embalamento. Cerca de 29% da pegada ecológica em Portugal está ligada à alimentação, por isso na hora de escolherem o que põem no prato, lembrem-se disso. Já existe a chamada dieta climática, cujos adeptos se preocupam-se em comer alimentos que não contribuem para prejudicar o ambiente, conscientes sobre a forma como são produzidos, processados e transportados. No topo das prioridades estão os produtos sazonais, locais e frescos. Carnes vermelhas, laticínios, óleo de palma, açúcar e alimentos altamente processados são evitados. Também há a dieta flexitariana, maioritariamente vegetal, onde o peixe e a carne são excepções e, para muitos, não estão presentes sequer no dia-a-dia. É um pouco como a dieta mediterrânica que, segundo o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, apenas 26% dos portugueses respeitam.

Já que vão fazer isso, planeiem também as outras refeições
O objectivo é sobrar menos comida, distribuindo-a por objectivos. Por exemplo: agendar que vão fazer um cozido e que no dia seguinte vão levar os restos para a marmita no trabalho.
Guardem a água que gastam enquanto esperam que aqueça
Aproveitem a água que corre no duche enquanto esperam que atinja a temperatura desejada, ou mesmo a da lavagem da fruta e dos legumes, para lavar pavimentos exteriores, abastecer o autoclismo ou regar o jardim.
Poupem água do autoclismo
Em regra, uma descarga do autoclismo gasta 10 litros de água. Podem reduzir essa descarga se colocarem uma garrafa de água de 1,5 litros dentro do autoclismo, caso não seja embutido. Também podem recolher a água que usam para lavar as mãos e os dentes, ou mesmo a do banho se tiverem filhos pequenos que usem banheiras portáteis, e guardá-la para despejar na sanita. São menos vários litros de água que poupam com o recurso ao autoclismo. Já agora, no caso de terem crianças pequenas que ainda necessitam do banho de imersão, não encham a banheira mais de um palmo de altura.

Troquem o carro por andar a pé ou de bicicleta uma vez por semana ou ao fim-de-semana
Os ganhos são vários, inclusive para a saúde, física e mental, se deixarem o automóvel na garagem uma vez por semana ou durante o fim-de-semana. Vão sentir a diferença e o planeta também.
Apaguem as luzes que não estão a usar
Muitas vezes nem damos conta, e deixamos a luz da cozinha, do corredor ou da dispensa acesa sem necessidade. Imponham-se o hábito de as desligarem sempre que não for útil.
Juntem-se a uma associação cívica local
Fazer activamente parte de uma associação cívica local é uma das melhores formas de se manterem informados e de darem contributos sobre as mudanças propostas na vossa comunidade. Há centenas delas na cidade, e hoje em dia muitas estão mais activas do que nunca. Procurem-nas online, inclusive nas redes sociais.

Lavem o carro apenas quando necessário
Uma lavagem por mês, por norma, é suficiente. Uma lavagem de dez minutos com a mangueira pode consumir até 200 litros, por isso usem um balde para ensaboar o automóvel e a mangueira apenas para enxaguar. Em alternativa, optem pela lavagem automática, há instalações com sistemas de reutilização de água que gastam cerca de 35 litros por lavagem.
Nunca deitem resíduos sólidos na sanita
A sanita é, muitas vezes, indevidamente usada como caixote do lixo para algodão, lenços de papel e até lentes de contacto, o que além de requerer descargas completas de 10 ou 12 litros de água, provocam graves problemas nas estações de tratamento de águas residuais. Coloquem um pequeno caixote do lixo na casa de banho e expliquem à família que os resíduos sólidos são para deitar no caixote e nunca na sanita.
Passem tempo ao ar livre
Coimbra tem tantas zonas verdes para explorar e desfrutar. Do Rebolim, Choupal, Vale de Canas e Parque Verde aos jardins Botânico da Universidade de Coimbra, Jardim da Sereia

Mantenham-se informados
Não precisam de pensar nas alterações climáticas o tempo todo mas devem fazê-lo e estar a par da informação que circula, procurando conteúdos o mais isentos possível. Evitem fake news e redes sociais, consultem dados e orgãos de comunicação social oficiais, como a Coimbra Coolectiva. Vão às livrarias e peçam também livros sobre o assunto, para vocês e/ou para os miúdos. Há também podcasts (Conversas Urbanas do Público, Visão Verde da revista Visão, Verdes Hábitos da TSF, Ecosofica X do Expresso com a Sociedade Pinto Verde e Falar em Sustentabilidade, da Deco Proteste) e documentários em plataformas como a Netflix. Recomendamos, por exemplo, «Uma Vida no Nosso Planeta», com David Attenborough.
Sigam grupos activistas locais
Alguns exemplos são o ClimAção Centro, um movimento de cidadãos preocupados com a atual crise climática, o Património Natural de Coimbra, o Natureza e Património de Assafarge e a MilVoz, que é uma é uma organização não-governamental ambientalista, composta por cidadãos que se preocupam e zelam pela preservação do património natural da região de Coimbra.
Voluntariem-se para colaborar com a Urban Air
O Urban Air é uma iniciativa local, de um conjunto de voluntários, que pretende monitorizar a qualidade do ar e ruído em Coimbra. Está confiante de que, até ao final do ano de 2022, será possível ter o protótipo do dispositivo para o desenvolvimento do primeiro projecto-piloto, o que depende do voluntariado e de algo que é transversal a toda a indústria electrónica, que é a escassez de componentes e problemas na cadeia de distribuição.
Envolvam-se com as autoridades
Explorem a página da Divisão de Ambiente da Câmara Municipal de Coimbra e, se tiverem questões ou sugestões, contactem através do número 239 802 070 ou email ambiente@cm-coimbra.pt. Conheçam, por exemplo, os incentivos que existem para quem pretende adquirir sistemas de produção e armazenamento de energia elétrica fotovoltaica para autoconsumo, ou como se faz a recolha de resíduos. Explorem as propostas eleitorais nas áreas do Ambiente e Sustentabilidade do actual governo.
Segundo a AEA, produziram menos resíduos a nível nacional em 2020 mas não deixaram de ser 5,279 milhões de toneladas de resíduos urbanos e cerca de 8% eram embalagens de plástico. Cada habitante do nosso país está a produzir cerca de 40 quilos de resíduos por ano, acima da média da União Europeia, e Portugal continua a mandar directamente mais de 30% dos resíduos para aterro.
Segundo dados do portal Por Data, em 2020, a percentagem de lixo em aterro no município de Coimbra foi de 56,8%, enquanto em 2009 foi de 88,8%. O consumo anual de água, por habitante, em Coimbra, baixou de 108,9 mil litros em 2009 para 75,6 mil litros em 2019.