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Circular 23: dois dias a explorar o universo da sustentabilidade em Coimbra

Da loja Maria Granel à arte de Bordallo II, nos dias 12 e 13 de Maio todos os caminhos de quem quer saber mais sobre economia circular vão dar ao Exploratório Centro Ciência Viva, no Parque Verde. Miúdos incluídos.

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Fotografia: Mário Canelas

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«Viver é causar impacto». Não, a frase não é de nenhum coach. Longe disso. É de Denner Déda, doutorando em Engenharia de Processos, pela Universidade de Coimbra. O impacto que refere é aquele causado por nossas atitudes. Notadamente às relacionadas ao consumo. Dédar, Laura Sérpico, outra doutoranda só que em Comunicação para Sustentabilidade, e Marta Lopes, empresária, estão a organizar o Circular 23, evento dedicado à sustentabilidade e à economia circular, em maio, no UC Exploratório – Centro de Ciência Viva de Coimbra.

O objetivo da iniciativa que inclui oficinas, palestras e um mercado sustentável é consciencializar Coimbra de que a economia linear levou-nos literalmente a mergulhar em mares que antes tinham peixe e hoje têm Everestes de lixo. É preciso, portanto, entender o que é a economia circular e fortalecê-la se não quisermos que nossos descendentes vivam em um filme de terror sci-fi. Só que há muito deixou de ser ficção. É real.  

UC Exploratório – Centro Ciência Viva de Coimbra

A entrada no Circular 23 é gratuita mas é preciso fazer inscrição aqui. Nos dias 12 e 13 maio serão realizadas atividades voltadas para os mais diferentes públicos, para que haja um efetivo engajamento da comunidade, como ressalta Laura Sérpico. Serão mais de 60 oradores, quatro painéis de debates sobre circularidade em quatro âmbitos: pública, académica, ativista e empreendedora. Nós estaremos presentes no painel Histórias de Activismo, Sábado, 13 de Maio, às 10h30 no Auditório do Futuro do Exploratório. Vão ser apresentadas diversas experiências de ativismo e envolvimento cidadão em questões socioambientais, histórias, lutas e conquistas que mostram como o ativismo é uma ferramenta poderosa para promover mudanças positivas nas comunidades.

Os visitantes podem também participar em sete oficinas. Há ioga e pilates para adultos e para crianças, aliás os mais pequenos têm outras atividades direccionadas para eles como o lançamento do livro Compostagem para crianças. Todo o evento é pensado para ser um espaço de imersão na circularidade e cada participanta aproveitá-lo à sua maneira entre o Mercado do Amanhã, o Auditório do Futuro, a Sala da Criatividade e o Palco Circular. É tudo acessível para pessoas em condições de mobilidade reduzida e podem aproveitar para ver as exposições do Exploratório também gratuitamente no dia 13. «O evento tem como objetivo oferecer uma experiência única sobre sustentabilidade e economia circular para toda a comunidade» e podem ver no marcador azul em cima ou aqui a programação detalhada.

Realizado em parceria com a Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (APEB), com o apoio da Universidade de Coimbra e da Câmara Municipal de Coimbra, o Circular 23 visa juntar as quatro pontas envolvidas na economia circular: a academia, os responsáveis pelas políticas públicas, o mercado – notadamente os pequenos empreendedores locais – e a comunidade.  Por mercado entenda-se os pequenos empreendedores locais. 

O concelho de Coimbra conta com diversos empreendimentos que produzem de acordo com os princípios da sustentabilidade e circularidade, como produtos de higiene e alimentícios, diferentes itens de vestuário e vinho, por exemplo. «As pessoas precisam de saber disto porque a economia circular é uma maneira diferente de ver a economia, passa pela sinergia de todas as pessoas envolvidas nos processos», diz Laura Sérpico. «Coimbra precisa dessa mudança», acrescenta Marta Lopes.

Será possível conhecer os produtos dos pequenos empreendedores no Mercado do Amanhã, que contará com 20 expositores, que são produtores locais nas áreas de saúde e bem-estar, alimentação, higiene e cosmética, artesanato e empresas prestadoras de serviços que operam na economia circular. Haverá ainda uma Feira de Trocas, abertas a quem quiser, e o lançamento do Repair Café, um espaço onde as pessoas podem ir para, como o nome indica, consertar qualquer, como uma roupa que precisa ser cosida, eparar um eletrodoméstico defeituoso ou um pneu de bicicleta, por exemplo.

Para fazer com que o evento efetivamente encante seus visitantes, as artes também vão merecer destaque na Circular 23, que contará com a exibição de uma peça do artista plástico Bordallo II, a exposição do fotógrafo de conservação e biólogo marinho Nuno Vasco sobre o mar de Portugal, a apresentação do coletivo de teatro Coimbra Impro e uma intervenção sonora, Ressounding, composta de captura de sons ao longo do evento que serão editados.

É comum ouvir pessoas dizerem que os produtos biológicos são muito mais caros. «Isso é mito», rebate Laura Sérpico de pronto. Esse mito persiste porque compara-se produtos não similares, ou seja, não biológicos a biológicos. «Mas se se comparar produtos biológicos das grandes superfícies com os dos pequenos empreendimentos, verá que é mais barato», explica Marta Lopes, e exemplifica: um champô sólido dura três vezes mais e requer 90% menos água na fabricação do que os similares líquidos encontrados nas prateleiras dos supermercados. Compras a granel são outra forma de economizar, pois desperdício de alimentos é extremamente caro, mesmo tendo pago poucos euros pelos produtos. 

Sustentabilidade é muito mais do que consumo, do que alimentação. É atitude, segundo o trio de organizadores do Circular 23. Existem várias formas de consumir, mas de forma bem menos danosa, explicam, pois sustentabilidade e circularidade envolvem desde a produção até o descarte. E este é princípio da economia circular: reduzir, reutilizar e reciclar, pois visa minimizar o desperdício e o impacto ambiental causado pela produção e consumo de bens.

Eles ressaltam que o evento não vai cobrar nada de ninguém – decisores políticos, consumidores, academia. Através de uma abordagem diferenciada, de acolhimento e lúdica, o objetivo é mostrar aos participantes que cada um pode desempenhar um papel importante na opção para uma economia mais sustentável. «A economia circular é um conceito importante, mas para torná-lo uma realidade, é necessário que cada um de nós assuma a responsabilidade pela mudança», diz Denner Déda Laura Sérpico complementa reconhecendo que, sim, é difícil mudar, acostumamo-nos com as coisas como são, mas «cada um constrói seu próprio caminho nesta direção», complementa.

Médico canadiano, Gabor Maté, nascido na Hungria pós Segunda Guerra Mundial,  diz que quanto mais nos tornamos civilizados, mais nos distanciamos de nossa natureza. Mas ele acredita que podemos imaginar uma sociedade que incorpora das conquistas da civilização moderna e ao mesmo continuar a honrar a essência da natureza humana. É exatamente isso o que a Circular 23 pretende mostrar durante dois dias.  

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