Contribuir small-arrow
Voltar à home
Vejam

Vídeo sobre Processo Criativo

Leiam

Reportagem: Combinar direito e artes pode fazer os jovens imaginarem (e lutarem) pela cidade ideal

Consultem

Regulamento do concurso

E se a cidade a construir fosse aquela a que temos direito?

Podem descobrir e votar nas melhores obras que dezenas de alunos de escolas de Coimbra criaram sobre o mote Direito à Minha Cidade no Claustro do Colégio da Trindade, até 31 de Março.

Partilha

Fotografia: Mário Canelas

Vejam

Vídeo sobre Processo Criativo

Leiam

Reportagem: Combinar direito e artes pode fazer os jovens imaginarem (e lutarem) pela cidade ideal

Consultem

Regulamento do concurso

Uma ponte Pedro e Inês metade poluída e metade limpa e verdejante, um vídeo em que jovens conversam sobre o que é a interculturalidade, uma aplicação com sugestões para um futuro mais verde e mais sustentável para a nossa cidade e por aí fora. Por estes dias o claustro do Colégio da Trindade está recheado de propostas artísticas dos alunos de quatro escolas de Coimbra que trabalharam sobre o tema do Direito à Cidade, desafiados pelo Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC) que quer motivar as novas gerações a reflectir, exigir e trabalhar no sentido de ter uma cidade mais segura, mais saudável, mais inclusiva e mais solidária.

tínhamos visitado alguns deles na Escola Secundária D. Duarte, no dia em que Fernanda Paula Oliveira, professora da Faculdade de Direito da UC, conversou com dezenas de jovens sobre Que direitos na cidade?. Depois de alguns encontros como esse, nessa e outras escolas de Coimbra, o Instituto Jurídico lançou um concurso e 14 equipas, três do ensino secundário e as restantes do 9.º e 8.º anos, desenvolveram trabalhos artísticos com ideias sobre e para o lugar onde vivem e estudam.

Participaram alunos do Centro de Actividades de Tempos Livres da Escola Martim de Freitas, da Escola Básica e Secundária Quinta das Flores, da Escola Básica e Secundária Rainha Santa Isabel e da Profitecla. Sobre temas como Cidade Ideal, A nossa cidade intercultural, Preservação dos monumentos na minha cidade, Direito à habitação, Uma cidade mais inovadora, Um bom futuro – espaços verdes e transportes, A utopia da cidade – cidade ecológica e verde, e com recurso à reciclagem de diversos materiais, mas também multimédia e fotografia, alguns alunos até se inspiraram em obras e autores como Os Amantes II de René Magritte, La Promenade de Pierre Auguste Renoir, A Noite Estrelada de Vincent Van Gogh e Bordalo II para fazerem as suas criações originais.

Na inauguração, José Manuel Aroso Linhares, presidente do Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da UC, disse que a mostra representa o culminar desta que considera uma iniciativa «exemplar» que «sustenta no presente um diálogo construtivo com o passado e que passa pela preservação da herança cultural da cidade cruzando várias temáticas e trazendo consigo, de uma forma muito especial, a cooperação com diversos centros de investigação da universidade». Também outras entidades como a Coimbra Coolectiva que foi convidada para acompanhar todo o processo, visitando as escolas e conversar com os alunos. «

Cristina Perestelo, mentora do projecto, explicou que o concurso Direito à minha Cidade acontece no âmbito do projeto Dia Mundial das Cidades – Direito de Cidadania e Cultura, promovido pelo Instituto Jurídico e pela Faculdade de Direito. Um projeto para debater a temática das cidades do futuro – mais sustentáveis, inclusivas e conservadoras do seu património – com alunos e professores do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Secundário de Coimbra que começou a 30 de Setembro de 2022 e acabou por crescer. «A seguir às conversas nas escolas fizemos uma caminhada na Alta para olharmos para a nossa cidade de forma diferente. Não foi uma visita turística, foi um percorrer as ruas para as conhecer um pouco melhor, perceber aquilo que gostaríamos que mudasse, aquilo que nos faz sentir confortáveis», contou.

Adelino Gonçalves, arquitecto e também envolvido na iniciativa, atirou à plateia: «Nós que somos adultos não sabemos como é que vamos resolver isto? Precisamos da vossa ajuda. No passeio na Alta fui perguntando aos alunos o que é que viram, o que é que achavam e à terceira já tinham todos o que dizer porque já tinham um olhar mais crítico. Senti que todos eram genuinamente críticos e não era dizer mal. Foi contagiante, tão contagiante, e eu depois entrei noutro projecto de que depois vão ouvir falar e que também tem este espírito. Em conjunto fizeram as obras que estão aqui a concurso e é a mensagem que vocês tentam fazer passar que são importantes. Este projecto foi um sucesso, já ganhámos por termos chegado aqui com o vosso espírito de trabalho colectivo, só assim é que aparecem respostas para os problemas.»

Colaboração, trabalho colectivo e união foram algumas das palavras mais ouvidas na conversa onde também demos a nossa colherada e que antecedeu a visita aos claustros onde os trabalhos estão expostos. «Nós aprendemos com este projecto que todos nós podemos contribuir para uma grande cidade e nós todos gostávamos muito de agradecer à nossa professora de Artes e de Educação Visual, a professora Dina, porque sem ela não podíamos ter feito este projecto. E também a todos os outros professores que nos elogiaram», comentou Leonor no final da sessão que foi ficando mais animada à medida que a vergonha ia sendo substituída pela vontade de partilhar e contribuir para a conversa. «Nós estavamos muito perdidos porque tinhamos uma ideia, depois tinhamos outras, mas assentámos os pés no chão, percebemos o que queriamos e foi este o resultado», explica Shiomara ao lado do seu trabalho e das suas colegas de grupo.

Sara, Leonor e Rita contam que primeiro iam fazer só uma maquete mas depois decidiram também criar uma parte interactiva, acessível através de um código QR. «É uma cidade poluída e uma cidade limpa e ecológico como nós pretendíamos», explicam. «Aqui dá para ver mais autocarros porque nós sabemos que os carros libertam muito CO2, que prejudica muito o nosso ambiente, também dá para ver a poluição no nosso rio Mondego», continuam. Uma professora fez questão de sublinhar que o desafio não foi mostrar «a cidade onde moramos, é a cidade onde vivemos e nós queremos viver numa cidade limpa e onde preservamos tudo o que está à nossa volta, assim como temos de ter cuidado com o próximo.»

São muitas e diversas as propostas que podem descobrir até ao dia 31 de Março nos claustros do Colégio da Trindade, divididos em duas categorias: Artes plásticas e Multimédia. Os trabalhos feitos voluntariamente e com muito entusiasmo por todos os participantes estão a ser avaliadas por um júri, de acordo com o regulamento, mas também há um Prémio do Público por isso toda a comunidade está convidada a visitar e votar, colocando o respectivo boletim com o voto numa urna no local.

Mais Histórias

A revolução também morou na Casa dos Estudantes do Império de Coimbra

O número 54 da Avenida Sá da Bandeira recebeu jovens das então colónias portuguesas sob o espírito colonial. Mas o tiro saiu pela culatra e quem acabou por ocupá-la foi a liberdade, o espírito democrático e a luta anticolonialista.

quote-icon
Ler mais small-arrow

Associação de moradores precisa do contributo de todos para plantar um mural do 25 de Abril no Monte Formoso

Painel de azulejos será «uma obra de arte que destaque e celebre, no espaço público, os valores de Abril». Mais de uma dezena de pessoas já apoiaram a causa. O valor total necessário é de 511€.

quote-icon
Ler mais small-arrow

Coisas para Fazer em Coimbra

Celebramos os 50 anos do 25 de abril com a estreia do nosso primeiro documentário original. Estreia dia 24 de abril, no TUMO, e é um entre tantos contributos que tornam a data ainda mais bonita e importante do que já era. Celebremos a liberdade.

quote-icon
Ler mais small-arrow
Contribuir small-arrow

Discover more from Coimbra Coolectiva

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading