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Geração Coolectiva inclui programa de capacitação que mentores consideram «útil, necessário e urgente»

José Carlos Mota, Adriana Mano, Gonçalo Quadros e Helena Freitas são alguns dos nomes no painel da iniciativa cidadã da Coimbra Coolectiva.

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Fotografia: Mário Canelas

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A surpresa já foi revelada: vem aí a Geração Coolectiva, uma iniciativa 100% gratuita de geração de ideias e capacitação cívica, promovida pela Coimbra Coolectiva. O evento vai decorrer a 14 de janeiro, mas vai mais além, uma vez que será sucedido por um programa de capacitação de cidadania e empreendedorismo de cinco semanas com o objetivo de testar e implementar as soluções.

Ana Monteiro, Program Manager no ShIft Happens, equipa técnica que desenvolve este programa com a equipa da Coimbra Coolectiva, enquadra o evento como parte de «um movimento muito positivo dos últimos anos de desenvolvimento de iniciativas que apoiam e ativam o empreendedorismo e colocam o foco na criação de soluções e oportunidades para resolver problemas mais específicos ou de comunidade». «A Geração Coolectiva integra tudo aquilo em que acreditamos em termos de empreendedorismo enquanto ferramenta transformadora: juntar uma perspetiva de soluções e esperança em alterar a realidade de uma cidade a uma perspetiva profissional», acrescenta.

«É preciso ir além da boa vontade e do desejo de mudar. É preciso dar competências e conhecimento às pessoas. Isso é a maravilha desta iniciativa. Temos um evento, o kick-off, altamente motivador, em que queremos inundar as pessoas com esta energia transformadora, mas também somos consequentes e damos mais uns passos para apoiar as pessoas que não só sonham mas também querem concretizar. Esperança e competências são dois ingredientes constantes em todos os nossos programas. O último são as oportunidades que este tipo de programas cria», refere ainda.

José Carlos Mota, docente na Universidade de Aveiro, investigador e ativista pelas causas da cidadania e das cidades, é um dos mentores do programa de capacitação e considera a iniciativa «não só necessária, mas também oportuna», tendo em conta as várias crises que atravessamos. «As soluções para estas crises não são fáceis nem evidentes. Por isso, este exercício de mobilização e de convocatória da inteligência, mas sobretudo de uma cidade de pergaminhos que é Coimbra, com vários tipos de conhecimento – não só o universitário e científico, mas também o das urbanizações, das pessoas, dos cidadãos -, esta ideia tem todas as condições de sucesso: é útil, necessária e urgente para o momento que estamos a viver», explica.

«Coimbra diz-me muito e a expetativa é que Coimbra seja um balão de ensaio de uma ideia que pode e deve ser replicada noutras cidades. Eu não estou à procura de soluções e não acho que vão sair daqui soluções, mas sobretudo experiências de pensar em conjunto e do valor que esse pensamento conjunto pode trazer para os cidadãos envolvidos e para as organizações. É um bocadinho essa a minha expetativa, que este seja um laboratório de futuros para as cidades. Naturalmente, para a cidade de Coimbra, mas também de outras cidades que possam seguir o exemplo da Geração Coolectiva», continua.

Gonçalo Quadros, co-fundador e Chairman da Critical Software, defensor de empresas-cidadãs é outro dos nomes do programa da Geração Coolectiva, que considera «promover a inteligência colectiva e mobilizar a vontade colectiva para transformar e tornar melhores os sítios onde estamos». «Construir os sítios onde vivemos, as cidades onde habitamos, tem de ser uma responsabilidade de todos nós. Não podemos estar à espera que quem nos governa resolva os problemas todos, temos de intervir. É uma forma de influenciar quem nos governa para olhar com mais cuidado para os problemas que nós identifiquemos e queiramos lidar», defende, antes de apontar dois impactos esperados: encontrar soluções e melhorar a capacidade de escrutínio.

«Todos temos a ganhar se nos identificarmos com as soluções que precisamos para tornar a nossa cidade melhor – falamos da mobilidade, da limpeza, da estética, dos serviços… O que eu espero é que o impacto seja direto a este nível. Nós podemos encontrar soluções para muitas das questões que nos preocupam e incomodam. A vontade colectiva pode fazer a diferença. E também para criar uma melhor consciência sobre o lugar, o sítio ou a cidade onde vivemos, o que nos vai tornar mais exigentes. Vamos escrutinar melhor o que está a acontecer e exigir mais de quem tem a responsabilidade para fazer com que as coisas aconteçam», elucida.

«Vocês acreditam em nós»

O programa de capacitação sucede o evento de 14 de janeiro e vai decorrer nos dias 18 e 25 de Janeiro, e 1, 15 e 22 de Fevereiro, (quartas-feiras), entre as 18h e as 22h, em vários locais de Coimbra. A equipa da Shift – composta por Ana Monteiro, Hendrik von Niessen (director do hub A Ponte) e Rui Vieira (fundador IPremium & Prontos) – já tem muita experiência em programas de capacitação e aceleração de projetos de impacto que tragam uma mudança de valor acrescentado às suas comunidades e sociedade.

«O primeiro impacto é na pessoa e na sua confiança. Nos primeiros programas que fizemos, ouvimos muitas expressões como “vocês acreditam em nós”, “vocês investem em nós” ou “vocês viram coisas em nós que nem nós vimos”. Este impacto de não se sentirem sozinhos dá-lhes muita coragem a nível individual. Não podemos despir a ideia e a solução de quem as desenvolve», conta Ana Monteiro.

«Este exercício de mobilização e de convocatória da inteligência, mas sobretudo de uma cidade de pergaminhos que é Coimbra, com vários tipos de conhecimento – não só o universitário e científico, mas também o das urbanizações, das pessoas, dos cidadãos -, esta ideia tem todas as condições de sucesso»

José Carlos Mota, activista e docente na Universidade de Aveiro

«Depois, claro, o impacto no negócio e na organização. Estes programas apoiam, através de competências e conhecimento, a criar este tipo de soluções, a desenvolver competências reais de gestão, marketing, comunicação e de conhecerem bem a sua área de negócio. Ao nível de capacitação temos tido sempre avaliações muito positivas. Na criação real desses negócios, a taxa de follow up também tem sido muito positiva. As pessoas abrem atividade, criam uma solução, criam um negócio social, uma resposta a uma iniciativa ou, pelo menos, passado um ano, ainda se mantêm ativamente envolvidas na área que as levou aos nossos programas. Não é só uma semente que cai em terra vazia e isso é espetacular», continua.

«Também há o impacto na comunidade, porque nós capacitamos estas pessoas para serem multiplicadores, para levarem esta mensagem entusiasta. Acreditamos que há um impacto na rede de influências das pessoas e dos projetos, mas também localmente. É um impacto a longo prazo, mas é isso que nos move. Por último, não muda só os participantes. O que temos visto é que muda os mentores e os formadores. Há um impacto brutal em sermos generosos, em partilharmos as nossas vidas e os nossos percursos profissionais com quem quer aprender. Esta partilha, o sentar à mesa, é altamente transformador», conclui.

Adriana Mano (fundadora Zouri Shoes), Alfredo Abreu (presidente Serve the City Portugal), Fábio Silva (Transforma Brasil), Gonçalo Quadros (Chairman Critical Software), Helena Freitas (Diretora Parque de Serralves), Joana Lobo (Grace), José Carlos Mota (professor na Universidade de Aveiro), Li Furtado (fundadora Cinco Store), Luís Amado (director do movimento BCorp em Portugal), Miguel Antunes (co-fundador Redlight & Nest Collective), Pedro Girão (co-fundador e CEO Triber Agency), Ricardo Pereira (Mierlog Consulting), Sandro Resende (Fundador Manicómio) formam a equipa de convidados do evento e do programa, juntamente com equipa da Shift e da equipa da Coimbra Colectiva – composta pelas co-directoras Joana Pires Araújo e Filipa Queiroz.

A escolha dos mentores, revela Ana Monteiro, começou por ter em conta a «experiência de vida e profissional, as competências destas pessoas». Todavia, houve outros elementos igualmente ou ainda mais importantes: a sua transversalidade; «a paixão pelo impacto, por usarem os seus negócios, as suas entidades para transformarem positivamente a sociedade»; «são pessoas muito ocupadas, mas disponíveis para se sentarem à mesa com pessoas que estão a dar os primeiros passos».

«Procurámos pessoas que são muito boas na sua área, mas que, por serem eles próprios empreendedores ou por fazerem parte de movimentos de cidadania, sabem o que são os desafios de A a Z e conseguem ter uma visão holística e transversal dos desafios da criação de uma solução. Este perfil completo não é assim tão comum, são pessoas incríveis», acrescenta.

«Todos temos a ganhar se nos identificarmos com as soluções que precisamos para tornar a nossa cidade melhor – falamos da mobilidade, da limpeza, da estética, dos serviços… O que eu espero é que o impacto seja direto a este nível. Nós podemos encontrar soluções para muitas das questões que nos preocupam e incomodam. A vontade colectiva pode fazer a diferença. E também para criar uma melhor consciência sobre o lugar, o sítio ou a cidade onde vivemos, o que nos vai tornar mais exigentes.»

Gonçalo Quadros, co-fundador e Chairman da Critical Software

Rui Vieira, membro da equipa Shift e fundador da IPremium e da Prontos, é um dos mentores do programa de capacitação. «Estou muito habituado a reconhecer empreendedores e a vê-los crescer. Pessoas que não têm nada, apenas uma ideia, e ou mandam essa ideia fora, ou transformam-na num grande negócio ou num negócio mais pequeno», começa por explicar sobre a sua experiência, antes de revelar que não teve dúvidas em fazer parte de um programa «apaixonante».

«Coimbra é uma cidade apaixonante. Depois, o programa que vai acontecer é uma solução a uma tragédia, segundo o que oiço dos meus colegas que vivem em Coimbra. Há falta de emprego, não conseguem arrendar uma casa por os preços serem exorbitantes, é dificílimo colocar os filhos nas creches, não conseguem fazer vida aí, há vários lobbies instalados… é preciso soluções. Este programa de impacto faz sentido porque existe um real problema. Eu não gosto de perder a minha vida a não resolver problemas e este é um problema muito sério e grave. Eu acredito que este é um primeiro passo para o resolvermos. É uma grande oportunidade e isso apaixona-me».

Rui Vieira terminou com uma citação de G.K. Chesterton: «o primeiro a acender a luz é o primeiro a ver». As inscrições para o Geração Coolectiva estão abertas aqui.

O Geração Coolectiva é um programa que conta com o apoio técnico da Shift e dos parceiros e patrocinadores Triber AgencyCandycat, Cafés FEBCritical SoftwareGUIALMILicor Beirão e Companhia EspirituosaNest CollectiveNutriva, Pastelarias Vasco da GamaPraxisTiago Cerveira Filmes, Zona Pro e Águas de Coimbra.

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