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Passeio Ribeirinho de Aeminium

Há mais cidade para ser vivida nas margens do Mondego

Já é possível caminhar e andar de bicicleta no novo Passeio Ribeirinho de Aeminium. Vista do rio, Coimbra tem uma cara diferente.

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Fotografia: Mário Canelas

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Se há coisa que Coimbra conhece são reconfigurações e, actualmente, há algumas estruturais a prometer mudar também a dinâmica da cidade. Na margem direita do rio, entre Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte, nasceu o Passeio Ribeirinho de Aeminium, que acaba de ser parcialmente aberto à circulação pedonal. Cerca de quatro anos depois do encerramento para as obras de requalificação a obra que, segundo a autarquia, representou uma oportunidade para rever a circulação automóvel na zona da cidade, está quase concluída.

A ideia é que o investimento de cerca de 10 milhões de euros aproxime a cidade do rio Mondego, através da requalificação da zona com 1,3 km de extensão, dedicada exclusivamente à mobilidade pedonal e suave, com áreas para sentar, algumas sombras e, brevemente, três espaços de restauração. Ao lado de turistas com smartphones em punho e ao som dos últimos comboios que chegam à Estação Nova – que está previsto que seja desactivada, apesar de alguns movimentos contra -, durante a Semana Europeia da Mobilidade viajámos no Mondego de Basófias, com representantes da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e responsáveis pela empreitada, observámos as mudanças e ouvimos algumas explicações.

A obra dos muros do Mondego está ligada à intervenção de desassoreamento do rio e demorou quatro anos a acontecer, em vez do ano e meio previsto, mas finalmente já se vêem pessoas a caminhar ou andar de bicicleta na margem renovada com vista para Santa Clara, o Convento São Francisco e o Estádio Universitário de Coimbra. Na fase de discussão pública, a proposta final do estudo urbanístico recebeu 39 participações e a obra, apesar de manter o conceito geral, integrou algumas sugestões recolhidas da comunidade, segundo a autarquia.

Também foi alterado o plano inicial de um espaço destinado à circulação automóvel, por vontade do novo executivo, e os futuros espaços de restauração serão colocados ao longo «em pontos estratégicos junto de futuras paragens do Metrobus e no alinhamento de arruamentos perpendiculares à Avenida Fernão de Magalhães, o que irá permitir cargas e descargas sem que seja necessário circular na frente rio».

A zona requalificada vai ter «ligação directa da Rua Abel Dias Urbano à Rua do Arnado, respeitando os alinhamentos existentes nas traseiras dos edifícios da Av. Fernão de Magalhães e o dos hotéis Vila Galé e Dona Inês, permitindo criar uma pequena zona verde junto ao edifício da Ideal.» À Coimbra Coolectiva, Ana Bastos disse que a dinamização da zona é fundamental, até por questões de segurança, além de haver «toda uma frente urbana que vai nascer e que prevê edifícios de habitação multifunções – envolvendo usos de serviço, comércio e a própria fruição urbana», e não esconde que há uma estimativa financeira na ordem dos 10 milhões de euros para avançar também com obras de estabilização da margem esquerda.

Há mais obras em curso na zona, aliás só quando terminarem é que poderá ser aberto o passeio por completo. Além da colocação de um grande emissário a cargo da empresa Águas do Centro Litoral, decisivo para melhorar as condições de abastecimento da cidade e cuja obra deve demorar cerca de dois anos, a Infra-Estruturas de Portugal avança com a instalação do sistema de metrobus (autocarros eléctricos).

Parque Manuel Braga

Do outro lado da Ponte Santa Clara, também reabriu parcialmente, em Maio, o chamado Parque da Cidade. Com o seu coreto, o seu lago e os painéis azulejares das namoradeiras e das conversadeiras restaurados e recolocados sobre o novo muro, durante a nossa viagem de Basófias pudemos ver, a partir do rio, a obra que também está atrasada mas que serviu para refazer e ampliar todas as infraestruturas de drenagem pluvial, abastecimento de água para consumo, drenagem residual, iluminação pública e rede de rega, pensadas «para permitir um melhor funcionamento de eventos culturais no local».

É incontornável o impacto do enorme muro de betão que altera o postal da cidade. Segundo a arquitecta Joana Sobral, era «impossível» refazer o original, utilizando a mesma pedra, e a opção ter-se-à devido à plasticidade do material. «Mas há uma coisa que eu tenho esperança que aconteça», continuou, «é que havia aqui muita vegetação expontânea e eu espero que seja reposta, não só para cobrir e disfarçar o betão, mas porque é importante pela estabilização da margem e para refúgio de animais.»

A vereadora com as pastas do Planeamento Territorial, Gestão Urbanística e Fiscalização e Infraestruturas e Espaços Públicos justificou que se trata de «uma mistura do tradicional com o moderno», não estando prevista qualquer decoração alternativa, mas perante a sugestão da realização de um mural ou outra intervenção de arte urbana a vereadora admitiu que a autarquia está aberta a ideias. «Eu sou toda a favor da arte urbana e, se houver uma boa proposta, não veja razão para Coimbra não aceitar. Fica aqui o desafio.»

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