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Lindo Serviço | Casa Costa

Por O Tatonas

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Fotografia: Mário Canelas

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Olá, meus pantagruélicos coimbrinhas.

A porta estilo saloon não engana. Não somos pistoleiros, mas viemos assaltar a cozinha. Bem-vindos ao Costa, Casa Costa!

Na semana em que morreu o dono de uma das mais famosas tascas nacionais, José Mário Simões, do Zé Manel dos Ossos, decidimos visitar, ainda antes desta fatalidade um dos nomes mais coerentes da gastronomia tasqueira conimbricense. Uma inesperada homenagem.

Como acima referido, uma das imagens de marca da Casa Costa é aquela balançante porta vermelha, causadora de algumas equimoses em dias mais concorridos. Dizem os entendedores que é onde se agrupam camionistas que melhor se serve. À falta de camionistas na cidade, temos Agentes de Segurança e Guardas Prisionais como fiéis depositários dessa validação. Já mereciam lugar de estacionamento à entrada, com direito a plaquinha e tudo.

Composta por três salas, mais ou menos acanhadas, a Casa Costa é tudo o que se deseja numa taberna digna desse nome, barulhenta, lotada, eficiente, mas, acima de tudo, inebriante. Figurativa e literalmente. Coimbra, Região Gastronómica, o novo projeto para promover o distrito como frontispício do que melhor se põe à mesa em Portugal, decorre de conferências, foodlabs, debates, chefs, críticos e entendidos. Bastava tão somente deslocarem-se ao Costa.

Começa-se pelo princípio, certo? E aqui a entrada a escolher é, inevitavelmente, o dourado e borbulhante néctar: o sempre excelso fino, que tanta garganta lubrifica, há décadas. De estudantes a doutores. De picheleiros a juízes. Ninguém aqui vem ao engano, é comida tradicional, honesta e genuína. Nós optámos por dois clássicos da Casa Costa: Chanfana à Beirão e Alheira guarnecida com Arroz, Batata Frita às Rodelas e um fundente Ovo a Cavalo, em que basta apenas perfurar com a aresta de um dos dentes do garfo e splash, ouro sobre o prato.

Não será necessário ir à Feira do Fumeiro, a realizar-se este fim-de-semana a escassos metros do nosso poiso, no Quartel da Brigada de Intervenção, no Largo de Santana, para nos perdermos no agridoce da alheira tão à portuguesa, frita sem pele, ladeada de hidratos e encimada pelo dourado zigoto que tudo envolve. Muita caloria para queimar, qual Bombeiro de Elite a trepar o Quebra Costas.
Concentremo-nos, agora, no centro de mesa, no atrativo principal, na carnuda, suculenta, gordurosa, substancial e superlativa Chanfana à Beirão.

Conseguem visualizar a vossa surpresa ao verificarem que foi Mimicat a vencedora do Festival da Canção e, de seguida, arregalarem ainda mais os olhos ao saberem que a cantora é de Coimbra e vocês sequer alguma vez tinham escutado o seu nome? É a mesma surpresa, o mesmo ar arregalado, o mesmo sobressalto, a mesma imprevista comoção, o mesmo espanto no olhar a cada garfada deste fervoroso assado.

Cada uma mais surpreendente que a anterior, cada uma a comprovar a precedente, cada uma a acrescentar mais uma peculiaridade ao furta-cor de prazeres. É aquilo que ouso sempre apelidar de carne de comer à colher. O alvo osso desnudado, sem uma réstia de proteína a cobri-lo, a prova do crime. O crime perfeito.

Para finalizar, escolher do sortido de sobremesas caseiras: cheesecake, a soberba tarte de amêndoa, mousse de chocolate, enfim o habitual, mas magistralmente confecionado. Devo confessar que me fiquei pela CFR como ponto final desta visita e que, penso, adequado.

Atentar ainda à especialidade do Bacalhau com Grão à Casa e ao Leitão, para os mais
indolentes que não se queiram dirigir a terras bairradinas. Isto é restaurante toalha-de-papel-com-nódoa-de-vinho, nobilíssimos na arte de bem receber os Costa estão para ficar. Não deixem de os visitar. Consumam uma opípara refeição e ainda vão a tempo para um pezinho de dança no
Festival Lux Interior ou no Ceira Rock Fest, ambos a decorrer este fim-de-semana.

Pantagruélicas saudações, meus coimbrinhas.

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