Quando se fala em fazer a diferença a começar por cuidar daquilo que é essencial como a saúde do nosso planeta, toda a ajuda é pouca. O Electrão – Associação de Gestão de Resíduos, que é uma entidade licenciada para a actividade de gestão de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos, promove um desafio de sensibilização ambiental no âmbito do Movimento Faz Pelo Planeta by Electrão, com o apoio de várias instituições e empresas.
O Desafio Faz pelo Planeta by Electrão parte da promoção da reciclagem de resíduos e da economia circular para inspirar diferentes sectores da sociedade portuguesa a tornarem-se agentes de mudança, participando no movimento global pela defesa do planeta. As candidaturas para a edição deste ano estão abertas até 31 de Março, à procura do próximo Big Changer, alguém que contribui activamente para a sustentabilidade do planeta através da recolha de resíduos, reutilização e reciclagem, acções de comunicação, formação ou sensibilização, entre outras actividades elegíveis, nomeadamente acções de limpeza do ambiente, valorização dos resíduos, reparação ou reutilização de materiais e projectos de sensibilização.
Quem tenha um projecto ou ideia que contribui activamente para a sustentabilidade do planeta pode candidatar-se ao programa que distingue até três projectos atribuindo prémios de 7 500€, 5 000€ e 2 500€ aos vencedores do 1.º, 2.º e 3.º lugar respectivamente.
Catarina Maia, com quem conversámos sobre o notável trabalho de preservação ambiental e promoção de hábitos sustentáveis no bairro de Monte Formoso, está na corrida com o projecto «O Jardim Mais Charmoso do Monte Formoso – Fazemos da cidade um refúgio para os polinizadores!». A proposta da conimbricense, já com mais de duas centenas de votos, manifesta que «as cidades têm um papel importante a cumprir na defesa e restauração dos ecossistemas naturais». «Por entre o alcatrão e a calçada, lotes de prédios altos e moradias geminadas, esconde-se um potencial gigantesco. É urgente repensar o espaço urbano — visto como fonte de poluição e degradação ambiental. No meu bairro, estamos a transformar jardins, canteiros e varandas em refúgios para centenas de espécies de plantas e insectos autóctones, muitos deles ameaçados ou em rápido declínio.»
Catarina pretende obter apoio para a dinamização de oficinas com crianças, envolvimento dos vizinhos na recuperação dos jardins do lado, aposta criativa em concursos, acções de voluntariado ou encontros para troca de plantas, por exemplo. «O empenho no estabelecimento de pontes entre a comunidade, a academia e os poderes locais reflecte-se de forma mais evidente no sucesso da iniciativa de criação de um prado de flores silvestres que permitiu recuperar uma faixa de terreno público baldio», explica na descrição da candidatura a coordenadora que conta com o apoio conjunto da Associação de Moradores do Monte Formoso, da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades e do FLOWerLab|Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.
Há 36 projectos a concurso, o Uniplanet de Patrícia Esteves, também de Coimbra, é outro deles. Mas há propostas de norte a Sul do país a envolver desde a construção de hortas à sensibilização para os efeitos nocivos das beatas, aproveitamento de cabeças de peixe, apanha de lixo e a conservação do oceano. A votação está aberta até ao público, o período para o voto popular é o mesmo que o das candidaturas. Alguns dos BigChangers que integram o movimento e fazem parte do júri são Ana Milhazes, fundadora do movimento Lixo Zero Portugal, Carlos Dobreira, historiador e plogger assumido, Lídia Nascimento, vencedora da 1ª edição do Movimento Faz Pelo Planeta by Electrão que recolheu 30 toneladas de lixo da costa portuguesa nos últimos três anos e Catarina e Rita Leitão, fundadoras do projeto Zero Plástico.
