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Portas (re)abertas para este lugar incrível da cidade de Coimbra

Podemos olhar para ele e só ver um belíssimo monumento, mas são muitas e incríveis as histórias por trás do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e algumas delas estão relacionadas com a saúde. Sabiam? Podem ficar a conhecê-las no dia 18 de Maio e ao vivo. Sim, ao vivo. Depois de um período de encerramento, devido […]

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Podemos olhar para ele e só ver um belíssimo monumento, mas são muitas e incríveis as histórias por trás do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e algumas delas estão relacionadas com a saúde. Sabiam? Podem ficar a conhecê-las no dia 18 de Maio e ao vivo. Sim, ao vivo. Depois de um período de encerramento, devido à pandemia de Covid-19, o Mosteiro reabre portas no Dia Internacional dos Museus, com a visita guiada A Assistência Hospitalar no Mosteiro. 

O programa destaca um aspecto peculiar da história do monumento com mais de 700 anos, que é a prática de cuidados medicinais e o legado da Rainha Santa Isabel.

Claro que o acesso, quer ao Mosteiro quer ao Centro interpretativo, está condicionado às regras de distanciamento social, uso de máscara, normas de higienização e etiqueta respiratória.

Se não quiserem lá ir também podem celebrar virtualmente o Dia dos Museus, este ano subordinado ao tema Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão. Basta enviarem registos e depoimentos sobre as vossas experiências e momentos especiais vividos no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em formato vídeo ou fotografia, para o email mosteiroscvelha@drcc.gov.pt. Vão ser publicados nas redes sociais durante o dia 18 de Maio.

Visita guiada

A Assistência Hospitalar no Mosteiro 

Partindo do maior Hospital Medieval de Portugal, de carácter laico e datável do ano 1322, localizado nas imediações do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, pretende-se fazer uma visita introduzindo os conceitos de assistência hospitalar, pobreza e obra caritativa atribuídos à Rainha Isabel de Aragão. Na dependência deste hospital, existia uma botica onde eram utilizadas plantas medicinais nas práticas curativas e nos cuidados de higiene. Percorrendo a exposição permanente dão a conhecer o importante papel da botica conventual, através do espólio recolhido durante as escavações arqueológicas que decorreram entre os anos de 1995 e 2000.

Horário: 10h30 | 11h30 | 14h | 15h | 16h
Duração: 50 minutos
Público-alvo: Adulto e infantil
Nº máximo de participantes: 10
Marcação obrigatória: semscv@drcc.gov.pt ou 239 801 160

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Mosteiro 

Clara de Assis, italiana, foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana, a chamada Ordem de Santa Clara (ou Ordem das Clarissas). De família nobre, era muito bonita e destacou-se desde cedo pela caridade e respeito para com os pobres, tanto que se tornou seguidora de São Francisco de Assis. Saiu de casa aos 18 anos e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por Damas Pobres ou Clarissas. Foi o apelo da forma de vida proposta por Santa Clara que levou Dona Mor Dias, dama nobre de Coimbra, a fundar uma casa de Clarissas na cidade. Em 1283, obteve a licença para construir um mosteiro dedicado a Santa Clara e a Santa Isabel da Hungria, perto do convento franciscano que já existia na margem esquerda do rio Mondego.

Os religiosos de Santa Cruz opuseram-se à obra e só depois da morte da fundadora, em 1314, é que outra mulher, Isabel de Aragão, Rainha de Portugal, conseguiu a autorização do Papa para a refundação do mosteiro que tanto admirava. Em 1316, iniciaram-se as obras da segunda construção, custeada pela rainha, que determinou ainda edificar, junto ao Mosteiro, um hospital para trinta pobres – com cemitério e capela -, e um Paço onde a rainha se recolheu depois da morte do marido, D. Dinis de Portugal. Tomou também ela o hábito das Clarissas mas não fez votos, para poder manter a fortuna e usá-la para a caridade. 

O mosteiro de Santa Clara-a-Velha é um dos conjuntos monásticos mais importantes de Coimbra e dos mais destacados do país, não só pelas histórias e vivências da comunidade religiosa que nele habitou mas também pelas figuras marcantes da História de Portugal – foi lá que D. Inês de Castro foi assassinada a mando de D. Afonso IV, por exemplo -, e pela traça do próprio edifício. O mosteiro tem o maior claustro gótico conhecido em Portugal e um longo historial de batalhas travadas com o rio Mondego, que chegaram a deixá-lo submerso durante mais de 300 anos. 

Texto: Filipa Queiroz
Fotos: Google Maps

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