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Escolas Compassivas

Prata da Casa | À conversa com Marcela Matos

Será que a compaixão pode mudar uma cidade ou mesmo o mundo? E será que o início dessa revolução pode ser nas escolas? Investigadora na Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra, Marcela Matos lidera um projecto de intervenção na comunidade educativa focado na melhoria da saúde mental e bem estar de professores, pais e alunos, chamado Escolas Compassivas.

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Fotografia: Mário Canelas

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A saúde mental está na ordem do dia e nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. As Nações Unidos propõem que até 2030 é preciso reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem estar. Marcela Matos é investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo Comportamental e lidera um projecto de investigação junto da comunidade escolar para avaliar a viabilidade e a eficácia de um programa de intervenção focado na melhoria da saúde mental e do bem estar dos vários agentes da comunidade educativa – nomeadamente pessoal docente e não docente, alunos e pais. O projecto chama-se Escolas Compassivas e em Setembro começa a ser implementado também a crianças, adolescentes e pais.

Marcela explica-nos não só o que é a compaixão e qual a sua importância, como os motivos pelos quais ela se tornou o foco da sua vida profissional mas também pessoal. Podia ter sido jornalista mas uma referência familiar inspirou-a a dedicar-se de outra forma à curiosidade acerca do outro e acerca do que faz de nós seres humanos. Apaixonada pela investigação e pelo descobrir coisas novas, fala-nos sobre o que nos falta compreender acerca da mente humana e sobre a importância de que ter um impacto e contribuir para uma melhoria da vida das pessoas. Durante a nossa conversa percebemos que foi a sua tese de doutoramento sobre a vergonha, o contacto com Paul Gilbert (Universidade de Derby, Reino Unido) que desenvolveu o chamado Treino da Mente Compassiva, e a consciência da sua própria vulnerabilidade que fizeram com que a nossa convidada percebesse que quem era alvo de compaixão e tinha aprendido a aceitar-se é que era mais compassivo consigo mesmo e mais resiliente. Foi assim que percebeu que a compaixão era o antídoto da vergonha.

O Treino da Mente Compassiva é aplicado com recurso a psicoeducação e a um conjunto de exercícios e de práticas experienciais baseadas no mindfulness, no treino da atenção, em práticas de imaginação focadas na compaixão e em exercícios comportamentais, estimulando momentos de partilha e de reflexão. Marcela fala-nos sobre os resultados surpreendentes da intervenção grupal que desenvolveu nos distritos de Viseu e Coimbra com professores do ensino pré-escolar até ao secundário, em escolas do meio urbano, semi urbano e rural, e a pessoas com perfis distintos e em diferentes contextos, com impacto não só na saúde mental como na saúde física dessas pessoas. Conta-nos sobre as expectativas que guarda sobre o arranque do projecto piloto numa escola em Condeixa em Setembro, agora com crianças, através de aprendizagens sócio-emocionais e treino de competências.

Inevitavelmente a conversa cruzou-se com a nossa missão, não fosse a compaixão além do ser bonzinho e amável mas mais com o que podemos fazer para lidar com um problema ou ajudar a resolver algo que está mal, e até gerou uma ideia: Não seria importante cultivar cidades compassivas? «É importante a cidade não se fechar nela mesma e não permitir que as pessoas vivam fechadas nelas mesmas, nas suas casas, nas suas rotinas, que haja uma abertura da cidade para fora e para o outro; e o cuidado do outro que é também o cuidado da nossa cidade, da natureza, dos espaços partilhados, dos espaços públicos, que é fundamental e que vemos muitas vezes esquecida».

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