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Vamos pôr a «Máscara de Cortiça» e conhecer o nosso Entrudo?

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Todas as aldeias da Serra da Lousã tinham sobreiros e no entrudo os velhos cortiços eram utilizados como máscaras. No dia em que vale tudo, o domingo gordo antecede a terça-feira de Carnaval, começa cedo na aldeia da Aigra Nova, uma das quatro Aldeias do Xisto de Góis, a corrida anual do Entrudo. Os foliões seguem em carrinhas até às outras aldeias da Pena, Cerdeira, Esporão, Ponte de Sótão e o objetivo é fazer bagunça.

Quem não participou na folia portuguesa este ano ou não conhece a tradição que tem como ponto alto a declamação de «quadras jocosas» sobre os habitantes das aldeias, criadas a partir de pequenas estórias que ocorriam durante o ano, pode descobrir através do multipremiado filme A Máscara de Cortiça (2020), documentado por Tiago Cerveira na Serra da Lousã.

Apaixonado pelo registo do património imaterial e material do Portugal rural, Tiago é natural da aldeia Travanca de Lagos, concelho de Oliveira do Hospital, e vive em Coimbra. Foi jornalista, repórter de imagem e é actualmente freelancer na área de vídeo e fotografia. Assina vários documentários de natureza e cultura rural exibidos e premiados em festivais de cinema nacionais e internacionais, da Claquete de Bronze – Viva Film Festival Bósnia e Herzegovina 2020 ao Prémio Melhor Filme Questões de Turismo Sustentável e Melhor Filme Sítios UNESCO ART&TUR 2022.

Depois da produção feita para a Freguesia de Góis, com banda sonora de João Francisco, Tiago já captou os Caretos da Lagoa para a Câmara Municipal de Mira e é um dos autores do projecto Rostos da Aldeia, plataforma onde se publicam histórias positivas de todos aqueles que contribuem para que o despovoamento não seja uma tendência inexorável, relatando os casos inspiradores de pessoas – novas e velhas – que lutam para o inverter.

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