Todos os Sábados de manhã, o parque de estacionamento da Rua Dom Pedro Cristo era palco de um borburinho único, feito de anúncios à desgarrada de promoções (é pró menino e prá menina, cinco euros, cinco euros) e das vozes de clientes que procuravam regatear preços para encher os sacos de boas compras. Falamos da Feira do Bairro Norton de Matos (Feira) onde dezenas de vendedores montavam os seus expositores com artigos que iam da roupa ao calçado, sem esquecer fruta, legumes e flores, entre muitas outras coisas que se podiam encontrar por lá.
Toda a actividade da Feira foi suspensa devido à pandemia e a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) está a trabalhar com o objectivo de permitir a reabertura da Feira do Bairro Norton de Matos no próximo dia 6 de Junho. Para garantir as condições de segurança necessárias, a autarquia está a proceder ao recenseamento dos vendedores que habitualmente lá exercem actividade. Através de um procedimento simplificado extraordinário, os vendedores vão indicar o local onde habitualmente se instalam e vão receber a documentação informativa referente às regras de segurança a implementar na Feira, para respeitar as medidas definidas pela Direção Geral de Saúde (DGS).
O que vai mudar na Feira?
A CMC vai adaptar o funcionamento da Feira do Bairro Norton de Matos ao actual contexto de pandemia da seguinte forma:
# delimitação dos lugares de venda, mediante pintura no chão;
# criação de circuitos de deslocação unidirecional para os clientes, alargando o espaço da feira que se realizava num local com área total de cerca de 5000m2, mas que habitualmente nem metade era utilizada pelos vendedores que se concentravam mais a sul.
# na véspera da reabertura, realização de uma acção de sensibilização junto dos vendedores relativa à implementação do plano de contingência da feira.
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Apoios aos comerciantes e feirantes
A CMC vai isentar os comerciantes e vendedores da Feira do Bairro Norton de Matos de taxas municipais, para ajudar a colmatar os impactos da pandemia de COVID-19 na economia local.
A autarquia procura, assim, ajudar este tipo de comércio não sedentário que, pelas suas características de funcionamento, ainda demorou mais tempo a ter condições para retomar a actividade e que obriga a uma exigente e responsável adopção de procedimentos para que a epidemia não se propague.
Texto: Joana Pires Araújo
Fotos: Câmara Municipal de Coimbra e Blogue Encontro de Gerações